Nos últimos anos, cresce o interesse por suplementos de melatonina, especialmente pela busca de alternativas para regular o sono. O corpo produz naturalmente a melatonina, conhecida como o "hormônio do sono", mas sua versão sintética ganhou destaque em lojas de produtos naturais e farmácias. Pesquisadores investigam, em 2025, os riscos do consumo contínuo dessa substância, chamando atenção dos profissionais da área e também dos consumidores que desejam melhorar o sono.
O debate sobre segurança dos suplementos alimentares tem a melatonina como ponto de preocupação central. Diversos relatos apontam que consumir melatonina de forma indiscriminada, ou sem orientação médica, traz vários efeitos colaterais, principalmente em grupos vulneráveis. Idosos e pessoas com histórico de doenças cardíacas merecem atenção, pois profissionais notam muitos relatos de reações adversas. Assim, cresce a necessidade do acompanhamento profissional para evitar complicações graves relacionadas ao uso desse hormônio sintético.
O que é a melatonina e para que serve?
A glândula pineal, localizada no cérebro, produz a melatonina que, por sua vez, regula o ciclo sono-vigília. Quando a luz diminui ao anoitecer, o organismo produz mais hormônio, induzindo o sono. Com a popularização dos suplementos, muitos passaram a usar esses comprimidos para insônia, jet lag e distúrbios do sono. Entretanto, quem usa continuamente e sem acompanhamento pode alterar as concentrações naturais desse hormônio, o que provoca reações biológicas inesperadas ou indesejáveis.
Quais são os riscos dos suplementos de melatonina?
Pesquisas recentes apontam consequências negativas para o sistema cardiovascular. Cientistas encontram associação entre o uso prolongado de altas doses de melatonina e o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. O excesso desse hormônio interfere nos ritmos biológicos e pode piorar o quadro. Além disso, especialistas destacam o perigo de misturar melatonina com outros medicamentos, sobretudo aqueles indicados em doenças cardíacas.
- Hipertensão: A melatonina, em combinação com certos remédios, pode elevar a pressão arterial.
- Arritmias: Doses erradas podem causar irregularidades nos batimentos cardíacos.
- Retenção de líquidos: Um risco indireto, principalmente para quem já possui tendência a problemas cardíacos.
- Reações adversas variadas: Tontura, náuseas, dores de cabeça e fadiga diurna aparecem em relatos.
Como prevenir problemas cardíacos ao usar melatonina?
Acompanhar o uso com médico especializado traz mais segurança contra complicações associadas à melatonina. Antes de usar qualquer suplemento, é necessário avaliar hábitos de sono, histórico médico e presença de doenças crônicas. O profissional indica dosagens seguras, o tempo adequado de uso e monitora o surgimento de efeitos colaterais. Caso ocorram reações adversas ou agravamento de sintomas cardíacos, o médico pode recomendar a suspensão imediata.
- Consulte um cardiologista antes de começar a suplementação.
- Realize acompanhamento frequente para detectar alterações cardíacas rapidamente.
- Evite automedicação e nunca utilize de forma prolongada sem supervisão.
- Prefira mudanças comportamentais, como higiene do sono e controle do estresse, para melhorar o sono. Considere suplementos apenas como último recurso.
Por que a orientação médica é essencial no uso de melatonina?
O médico avalia fatores de risco e identifica casos em que a melatonina não é recomendada. Pessoas com histórico de insuficiência cardíaca, hipertensão descontrolada ou que dependem de medicamentos devem ter cuidados redobrados. A automedicação esconde sintomas importantes e atrasa o diagnóstico correto. Por isso, enquanto estudos desenvolvem novas descobertas sobre melatonina e saúde cardiovascular, o acompanhamento médico segue como orientação fundamental para quem quer tomar suplementos de maneira segura.
Portanto, embora a melatonina beneficie o organismo quando usada corretamente, seu uso indiscriminado e sem orientação oferece riscos importantes. A insuficiência cardíaca surge como uma complicação real em casos de suplementação exagerada. Manter-se informado e buscar orientação médica garantem a saúde do sono e do coração. Além disso, mudanças simples na rotina podem evitar a necessidade de suplementação desnecessária.