O uso do amálgama dentário se tornou bastante comum ao longo das décadas para restaurar dentes danificados por cáries. Este material, composto por uma liga de mercúrio e outros metais como prata, estanho e cobre, é reconhecido pela sua durabilidade e resistência. Em muitos casos, pessoas com restaurações de amálgama questionam se há necessidade de trocar essas obturações ou se podem permanecer tranquilamente com elas ao longo do tempo.
Com o avanço dos materiais odontológicos e maior acesso à informação, dúvidas a respeito da segurança do amálgama ganham destaque nas consultas odontológicas. Assim, as preocupações geralmente giram em torno de possíveis riscos à saúde e sobre os sinais que indicam o momento correto para a substituição de uma restauração desse tipo. Por isso, é fundamental compreender como identificar situações que comprometem a integridade do dente restaurado e quando a troca é apenas uma escolha estética.
Quando o dente com amálgama precisa ser avaliado?
A avaliação periódica de dentes restaurados com amálgama é recomendada para garantir a saúde bucal e prevenir problemas maiores. O exame clínico detalhado realizado por um dentista pode identificar eventuais infiltrações, rachaduras, desgaste do material e mudanças na coloração do dente. Sintomas como dor, sensibilidade prolongada ou aparecimento de manchas próximas à obturação podem indicar necessidade de revisão da restauração.
Amálgama dentário: quando a troca é necessária?
Nem toda restauração de amálgama precisa ser trocada automaticamente. De acordo com especialistas, a substituição é indicada em situações específicas, como:
- Presença de infiltração, que pode permitir a entrada de bactérias e causar nova cárie;
- Fratura ou trinca na estrutura do amálgama ou do dente adjacente;
- Descolamento do material da parede do dente;
- Queixas recorrentes de sensibilidade ou dor;
- Razões estéticas, quando o paciente deseja um resultado mais discreto, utilizando materiais que se assemelham ao dente natural, como a resina composta.
Sinais visíveis, como aparência opaca, bordas desgastadas e escurecimento das gengivas próximo à restauração, podem ser indícios para o dentista investigar a necessidade de troca. Entretanto, restaurações de amálgama consideradas estáveis, sem sinais de falha e sem causar desconforto, tendem a ser consideradas seguras.
Dente com amálgama é seguro? Quais são os riscos?
Muitas pessoas se preocupam com a presença do mercúrio no amálgama. A literatura científica indica que quando o material está intacto e bem adaptado ao dente, a liberação de mercúrio é mínima e considerada segura pelas principais entidades de saúde bucal. O risco maior está relacionado à manipulação inadequada do material durante a remoção, quando vapores podem ser liberados. O procedimento para retirar uma restauração de amálgama deve ser realizado por um profissional, com técnicas específicas para proteger o paciente e a equipe odontológica.
Na lista de benefícios, destaca-se a longevidade do amálgama, que pode durar décadas quando bem mantido. Por outro lado, quem opta pela troca por motivos estéticos deve analisar, juntamente com o dentista, se a substituição realmente traz vantagens em relação ao estado atual da restauração.
Como proceder diante de restaurações antigas?
Para quem tem dentes restaurados há muitos anos, o acompanhamento semestral é fundamental. O dentista avaliará, por meio de exames clínicos e radiografias, se o amálgama continua desempenhando sua função sem comprometer a saúde bucal. Caso o paciente não apresente dor, infiltração ou outros problemas, a restauração pode continuar em uso normalmente.
- Mantenha a higienização bucal em dia;
- Realize visitas regulares ao dentista;
- Fique atento a alterações como dor, sensibilidade ou mudança na cor da restauração;
- Avalie a necessidade de troca apenas após recomendação profissional.
Dessa forma, é possível preservar a saúde bucal e garantir que os dentes com amálgama continuem protegidos. Em caso de dúvidas sobre o estado da restauração, a orientação deve sempre partir de um cirurgião-dentista, que poderá recomendar a melhor conduta para cada situação individual.