Câncer colorretal deve aumentar mais de 30%, segundo estudos; saiba os motivos

A previsão de crescimento do câncer colorretal em mais de 30% para as próximas décadas baseia-se em diversos fatores. Saiba o que indicam os especialistas.

16 nov 2025 - 13h30

Nos últimos anos, o câncer colorretal tornou-se um assunto de destaque em pesquisas de saúde pública. Entre as diversas neoplasias que afetam a população mundial, esse tipo de câncer chama atenção por sua incidência crescente e pela estimativa de aumento superior a 30% nos próximos anos, de acordo com levantamentos recentes. Pessoas famosas, como a cantora Preta Gil e o ator Chadwick Boseman, protagonista do filme "Pantera Negra", perderam a vida para a doença. Isso acendeu um alerta sobre a necessidade de informações claras e medidas preventivas.

Entender os fatores que motivam a projeção de crescimento do câncer colorretal é fundamental. O avanço de pesquisas médicas aponta para a influência de várias causas. Entre elas estão mudanças nos padrões alimentares, estilo de vida, envelhecimento populacional e até mesmo o impacto das desigualdades no acesso ao diagnóstico precoce.

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A previsão de crescimento do câncer colorretal para as próximas décadas baseia-se em diversos fatores. Eles envolvem tanto aspectos biológicos quanto comportamentais – depositphotos.com / Chai2523
A previsão de crescimento do câncer colorretal para as próximas décadas baseia-se em diversos fatores. Eles envolvem tanto aspectos biológicos quanto comportamentais – depositphotos.com / Chai2523
Foto: Giro 10

Quais são as razões para o aumento do câncer colorretal?

A previsão de crescimento do câncer colorretal para as próximas décadas baseia-se em diversos fatores. Eles envolvem tanto aspectos biológicos quanto comportamentais. Assim, um dos pontos observados por especialistas é o envelhecimento da população, visto que o risco desse tipo de câncer aumenta conforme a idade avança. Contudo, não é apenas o aumento da faixa etária que preocupa. Afinal, estudos recentes identificam que pessoas mais jovens, entre 30 e 50 anos, também registraram maior incidência desse tumor recentemente

O estilo de vida moderno tem papel relevante nessas estatísticas. O consumo frequente de alimentos ultraprocessados, o excesso de carnes vermelhas, o baixo consumo de fibras, sedentarismo, tabagismo e ingestão de bebidas alcoólicas estão diretamente ligados ao risco para o desenvolvimento de câncer no cólon e reto. Além disso, alterações no microbioma intestinal resultantes desses hábitos podem contribuir para a predisposição à doença.

Como a mudança dos hábitos alimentares influencia o câncer colorretal?

Os costumes alimentares da sociedade, especialmente nas grandes cidades, passaram por transformações significativas. A preferência por refeições rápidas e industrializadas, normalmente ricas em gordura, açúcar e conservantes, tem sido apontada como um dos grandes vilões para a saúde do intestino. Em contrapartida, a ingestão insuficiente de frutas, vegetais e cereais integrais reduz a quantidade de fibras no organismo, elemento importante para o bom funcionamento intestinal e proteção contra carcinogênese.

  • Alimentos ultraprocessados: Detalhes apontam como o consumo frequente desses produtos pode favorecer inflamações e mutações celulares.
  • Fibras alimentares: O baixo consumo dificulta a eliminação de resíduos tóxicos, elevando o tempo de exposição da mucosa intestinal a substâncias cancerígenas.
  • Bebidas alcoólicas e cigarro: Ambos são conhecidos fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento do câncer colorretal.

O padrão alimentar atual, somado a outros fatores de risco, como excesso de peso e falta de atividade física, contribui diretamente para as estatísticas de aumento do câncer colorretal. Especialistas reforçam que mudanças alimentares simples, incluindo maior consumo de vegetais e alimentos frescos, podem impactar positivamente na diminuição dos casos.

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estudos recentes identificam que pessoas mais jovens, entre 30 e 50 anos, também registraram maior incidência desse tumor recentemente – depositphotos.com / crytallight
Foto: Giro 10

Como identificar e prevenir o câncer colorretal?

Além dos hábitos de vida e alimentação, a detecção precoce exerce impacto expressivo nas taxas de sucesso do tratamento dessa neoplasia. A busca regular por exames preventivos, como a colonoscopia, é fundamental para o diagnóstico em fases iniciais, elevação das chances de recuperação e redução da mortalidade, como observado nos casos de figuras públicas e personalidades midiáticas.

  1. Avaliação médica regular: Consultas periódicas com profissionais de saúde são recomendadas para pessoas a partir dos 45 anos ou com histórico familiar da doença.
  2. Exames específicos: A colonoscopia é o exame mais indicado, com capacidade de detectar lesões precursoras e pólipos antes que evoluam para o câncer.
  3. Estilo de vida saudável: A adoção de práticas como alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e abandono de hábitos nocivos faz parte da prevenção.

O exame preventivo precoce ainda enfrenta desafios ligados à desinformação e barreiras de acesso nos sistemas de saúde, especialmente nas regiões menos assistidas. A disseminação de informações claras e incentivo às campanhas de conscientização são estratégias consideradas essenciais.

O que esperar do cenário do câncer colorretal até 2030?

As projeções sobre o aumento de mais de 30% dos casos de câncer colorretal até 2030 são baseadas em tendências epidemiológicas atuais e no impacto prolongado de fatores de risco. O envelhecimento populacional, a persistência dos maus hábitos alimentares, as desigualdades sociais e a negligência dos exames de triagem formam um quadro desafiador para os próximos anos.

Apesar do cenário preocupante, avanços tecnológicos e novas estratégias de prevenção trazem perspectivas de melhora. A medicina personalizada, o aprimoramento dos exames de imagem e a popularização dos testes genéticos tendem a favorecer o diagnóstico precoce e o tratamento mais efetivo, impactando positivamente nas estatísticas futuras do câncer colorretal.

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A mobilização para a educação em saúde, incentivo ao autocuidado e ampliação do acesso a exames preventivos podem ser decisivos para reverter parte dessas projeções. O câncer colorretal exige, cada vez mais, uma postura de vigilância contínua e ação coletiva de toda a sociedade.

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