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Gastrite: o que excluir da dieta ou incluir para evitar crises

Nutricionista explica como cuidar da alimentação com gastrite e o que não se deve comer para evitar as crises da doença

6 jul 2025 - 14h01

Você tem gastrite? Essa inflamação na mucosa do estômago causa sintomas que vão desde desconforto persistente na parte superior do abdômen, queimação, dor na "boca do estômago", enjoo e perda de apetite, até casos mais graves com vômito com sangue ou fezes escurecidas. E, apesar de ela não ser causada pela alimentação diretamente, isso pode sim influenciar nela.

Veja o que não se deve consumir com gastrite
Veja o que não se deve consumir com gastrite
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Isso porque uma alimentação incorreta pode aumentar as chances de crises da gastrite. "Uma dieta desequilibrada não é, por si só, a origem da gastrite, mas pode ser um fator decisivo no agravamento dos sintomas. Por isso, ajustar a refeição é parte essencial do cuidado com o estômago", afirma Henrique Gouveia, nutricionista e professor do curso de Nutrição da UNINASSAU Olinda.

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Quer saber mais sobre isso? Veja a seguir o que se deve ou não comer com gastrite:

Quais alimentos evitar

Na lista de alimentos que é melhor evitar a todo custo, o nutricionista destaca o álcool, o café em excesso, bebidas gaseificadas, alimentos picantes, frutas ácidas como laranja e abacaxi, frituras e itens ricos em gordura, como hambúrgueres, bacon e embutidos.

Sobremesas industrializadas, bolos, tortas, chocolates e sorvetes também merecem atenção. Isso porque costumam ter altas concentrações de açúcar e gordura, o que sobrecarrega ainda mais o estômago. Além disso, temperos industrializados como alho e cebola em pó, curry, mostarda e pimentas devem ser evitados, pois podem irritar a mucosa gástrica inflamada.

Quais alimentos incluir na dieta

Por outro lado, o que entra no prato pode ser tão importante quanto o que sai dele. Durante uma crise, a recomendação é adotar uma dieta leve, com alimentos de fácil digestão. É o caso de proteínas magras, frutas menos ácidas, vegetais cozidos e grãos integrais.

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Mas o cuidado não deve ser restrito apenas aos momentos de desconforto. "Se a pessoa ainda não segue essas orientações fora das crises, é essencial que comece a mudar seus hábitos alimentares. Isso é fundamental para evitar novas crises e proteger o estômago a longo prazo", ressalta o nutricionista.

Frutas, vegetais, leguminosas, ovos, azeite de oliva, aves e pequenas quantidades de carne vermelha devem ser incluídos de forma equilibrada no cardápio. "Algumas especiarias naturais, como o gengibre, a cúrcuma, o orégano e o manjericão, podem ser aliadas no alívio dos sintomas, graças às suas propriedades anti-inflamatórias", destaca o professor.

Outras dicas

Não é apenas o que se deve ou não se deve comer que influencia na saúde digestiva. A forma como as refeições ocorrem também é importante.

Isso porque pequenas porções distribuídas ao longo do dia, sem longos períodos de jejum, ajudam a manter o estômago em equilíbrio. Após comer, é importante evitar deitar-se imediatamente e priorizar refeições caseiras, preparadas com alimentos minimamente processados.

Henrique Gouveia faz ainda um alerta importante sobre o uso de medicamentos: tratar a gastrite apenas com remédios, sem mudar a alimentação, pode comprometer a eficácia do tratamento. Ele explica que, embora o uso de antiácidos, protetores gástricos ou antibióticos seja necessário em muitos casos, especialmente quando há infecção pela bactéria Helicobacter pylori, a recuperação completa depende também da mudança no estilo de vida.

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