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Férias escolares mudam a rotina alimentar das crianças e isso não precisa ser um problema

Nutricionista explica como equilibrar flexibilidade, saúde e prazer à mesa durante viagens e passeios, sem culpa e sem estresse

19 dez 2025 - 21h39

Com a chegada das férias escolares, viagens, passeios e dias fora da rotina passam a fazer parte da vida das famílias e, junto com eles, mudanças inevitáveis na alimentação das crianças. Horários diferentes, mais lanches fora de casa, guloseimas e menos previsibilidade costumam preocupar pais e cuidadores. Mas, esse período não precisa ser sinônimo de culpa ou desorganização alimentar.

Com a chegada das férias escolares, passeios passam a fazer parte da vida das famílias e mudanças na alimentação das crianças surgem
Com a chegada das férias escolares, passeios passam a fazer parte da vida das famílias e mudanças na alimentação das crianças surgem
Foto: depositphotos.com / ampack / Bons Fluidos

Para Renata Riciati, nutricionista materno-infantil, o segredo está no equilíbrio. "Nas férias, a alimentação quase sempre sai da rotina e tudo bem. O erro é tentar manter um padrão rígido em um período que, por natureza, é diferente. O foco deve ser em consistência e segurança, não em perfeição", explica.

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Segundo a especialista, manter alguns pilares simples ajuda a criança a não "perder o eixo" alimentar, mesmo com mais flexibilidade no dia a dia.

Pilares que podem ajudar nas férias escolares

1- Aceite que a rotina muda

Viagens, passeios e horários diferentes impactam o apetite e as escolhas alimentares. "Não é o momento de expectativas rígidas. A criança tende a se autorregular quando a rotina volta", orienta Renata.

2- Mantenha alguns pilares básicos

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Mesmo com liberdade, alguns pontos não devem faltar:

  • Hidratação ao longo do dia
  • Oferta de frutas ao menos duas vezes ao dia
  • Alguma fonte de proteína nas refeições
  • Lanches minimamente nutritivos disponíveis

"Não precisa ser perfeito, só não deixar faltar completamente", reforça.

3- Evite batalhas à mesa

Nas férias, a criança come mais por prazer do que por relógio. Forçar, insistir ou brigar tende a piorar a relação com a comida. "Respeitar o apetite e flexibilizar horários reduz conflitos e ansiedade", diz.

4- Planeje lanches para passeios

Ter opções práticas evita depender apenas de guloseimas em locais turísticos. Frutas, sanduíches simples, iogurtes e mix de castanhas (para maiores de 2 anos) são boas alternativas.

5- Doces: limite combinado funciona melhor que proibição

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Nas férias, doces aparecem mais e isso não é um problema quando há previsibilidade. "Combinar antes, não usar doce como recompensa e deixar a criança participar da escolha ajuda a reduzir pedidos constantes", explica a nutricionista.

6- Atenção às bebidas açucaradas

Refrigerantes e sucos industrializados costumam aumentar nesse período. Alternativas como água de coco, sucos naturais diluídos e águas saborizadas ajudam a equilibrar.

7- Sono também influencia a alimentação

Crianças que dormem mal tendem a consumir mais açúcar, rejeitar refeições e apresentar mais birra. "Manter algum padrão de sono ajuda diretamente no comportamento alimentar", alerta.

8- Aproveite as refeições compartilhadas

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O clima mais relaxado das férias favorece refeições em família e experimentações. "Quando a criança participa da escolha e compartilha o prato com adultos, a qualidade da alimentação melhora naturalmente", afirma Renata.

9- A volta para casa não precisa ser traumática

Segundo a especialista, comer fora do padrão por alguns dias não compromete hábitos construídos ao longo do ano. "Retomando horários, pratos conhecidos e rotina, o ajuste acontece rapidamente", tranquiliza.

"Férias são para criar memórias, não para transformar a alimentação em um campo de batalha. Com pequenas estratégias, é possível atravessar esse período de forma leve e saudável", finaliza Renata Riciati.

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