Nutricionista revela 4 erros que impedem o emagrecimento e como corrigi-los
Emagrecer é um desafio para grande parte da população brasileira e os números deixam isso claro. Segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), 34,66% dos brasileiros apresentaram algum nível de obesidade em 2024. Nesse cenário, cresce o número de pessoas que iniciam uma rotina para perder peso, mas também aumenta a frustração quando a balança simplesmente deixa de responder, mesmo com esforço real.
Essa fase, conhecida como platô de emagrecimento, ocorre quando o peso estaciona sem motivo aparente. Porém, como explica a nutricionista Fernanda Lopes, da Six Clínic, iniciativa 100% online especializada no tratamento de obesidade e sobrepeso, essa estagnação é mais comum do que parece. E, muitas vezes, surge por hábitos automáticos e comportamentos sutis que passam despercebidos.
"Quando o organismo percebe uma redução constante de medidas, ele diminui o gasto energético como forma de proteção. Mas, além desse ajuste natural, há comportamentos diários que prejudicam os resultados sem que a pessoa perceba", explica a especialista.
Para ajudar quem está enfrentando o platô, a nutricionista revela os 4 erros mais comuns que impedem o emagrecimento e como corrigi-los.
1. Não adaptar a rotina ao novo gasto energético
À medida que a pessoa elimina quilos, o corpo passa a funcionar com menos energia. Isso significa que o déficit calórico que antes gerava resultados pode deixar de ser suficiente.
"Se alguém perde 5, 10 ou 15 quilos, o corpo naturalmente passa a necessitar de menos calorias. Se a rotina permanece igual, o déficit diminui e o peso estabiliza", diz Lopes.
A solução envolve ajustes simples:
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variar a intensidade das atividades diárias;
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revisar combinações alimentares;
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aumentar o consumo de proteínas.
Essas mudanças ajudam a ativar o metabolismo e criar novos estímulos para o corpo.
2. Ignorar o impacto do estresse e do sono irregular
Mesmo adotando uma alimentação equilibrada, fatores emocionais e fisiológicos podem impedir o emagrecimento. Segundo a nutricionista, a privação de sono eleva o cortisol, altera os hormônios da saciedade e fomenta a retenção de líquidos. O estresse crônico tem efeito semelhante.
Entre as estratégias recomendadas estão:
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estabelecer horários fixos de sono;
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reduzir o uso de telas antes de dormir;
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incluir pausas de respiração ao longo do dia.
Esses ajustes equilibram o organismo e facilitam a redução de gordura corporal.
3. Confundir fome emocional com fome fisiológica
Impulsos emocionais podem aumentar a ingestão calórica sem que a pessoa perceba.
"A fome emocional aparece de forma súbita, acompanhada de desejo por algo calórico e reconfortante — e não melhora após comer. Já a fome física surge aos poucos, está conectada às necessidades reais e permite escolhas equilibradas", explica Fernanda.
Quando a pessoa não identifica esses sinais, tende a usar a alimentação como válvula de escape, o que naturalmente impede a queda na balança.
4. Tentar emagrecer sozinho, sem orientação individualizada
Após os primeiros quilos eliminados, o processo se torna mais técnico. É justamente na fase de platô que muitas pessoas estagnam por falta de acompanhamento adequado.
"Sem orientação, a pessoa repete as mesmas ações esperando resultados diferentes. O profissional identifica padrões invisíveis, corrige detalhes e orienta mudanças específicas que destravam o metabolismo", afirma.
Fernanda reforça que o acompanhamento online tornou esse processo mais acessível e eficiente, oferecendo contato diário com nutricionistas e suporte médico sem sair de casa. "Essa constância faz toda a diferença para superar o platô e manter o progresso", completa.
Portanto, com orientação adequada e adaptações inteligentes na rotina, é possível retomar o emagrecimento de forma segura, sustentável e sem frustrações. E lembre-se que o processo vai além dos números na balança e envolve saúde, equilíbrio e qualidade de vida.