Apesar da fama dos Estados Unidos de ter grande população de obesos e pessoas com sobrepeso, o país não está mais na dianteira da lista dos mais gordos do mundo. Graças a uma dieta baseada em bebidas açucaradas e fast food, o México ultrapassou seu vizinho nesse quesito. Segundo relatório da ONU, divulgado pelo jornal Daily Mail, cerca de 70% da população do país está com sobrepeso e um terço já é obeso, quadro que se tornou um problema de saúde pública.
Os tacos, tamales e quesadilhas, antes reservados para ocasiões especiais agora são consumidos diariamente por milhares de mexicanos sedentários. O consumo de fast food e alimentos industrializado também cresceu no país. De acordo com o relatório, o México luta contra a obesidade ao mesmo tempo em que ainda tenta combater a fome e a desnutrição entre a população mais pobre. A epidemia do excesso de gordura é mais proeminente entre os pobres e jovem, grupo onde também se destacam os desnutridos graças a uma dieta pobre.
Segundo especialista quatro quintos das crianças com sobrepeso continuaram encarando esse problema durante toda a vida. “A pior parte é que as crianças estão sendo programadas para serem obesas”, afirmou Abelardo Avila, do Instituto Nacional de Nutrição do México.
Há dois anos, a Organização de Comida e Agricultura das Nações Unidas anunciou que a situação nacional havia chegado a níveis emergenciais, porém as autoridades enfrentam dificuldades para contornar a questão. Parte da dificuldade está na velocidade em que a crise se espalhou. Em 1989 menos de 10% dos mexicanos adultos sofriam com problemas de peso.
Estudos comprovam que os mexicanos vêm consumindo mais alimentos processados e menos grãos e vegetais. Está é a primeira vez que o México assume o primeiro lugar, apresentando um índice de 32,8% de obesos contra 31,8% nos Estados Unidos.
No entanto, o ranking inclui apenas os países mais populosos do mundo. Tanto o México quanto os EUA possui uma porcentagem inferior a de alguns países pequenos, como Samoa, no Pacífico, onde a taxa de sobrepeso nos habitantes já chegou a 95%. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o arquipélago é oficialmente o lugar mais gordo do mundo.
Estar acima do peso pode resultar em um catálogo de doenças crônicas e complicações de saúde, incluindo hipertensão, doenças do coração, diabetes, insuficiência renal e doença hepática. A obesidade também está ligada a asma, câncer, depressão, acidente vascular cerebral e problemas de digestão. O número de pessoas com diabetes relacionada à obesidade deve dobrar para 300 milhões entre 1998 e 2025.
| México | 32,8% |
| Estados Unidos | 31,8% |
| Síria | 31,6% |
| Venezuela | 30,8% |
| Líbia | 30,8% |
| Trindade e Tobago | 30% |
| Vanuatu | 29,8% |
| Iraque | 29,4% |
| Argentina | 29,4% |
| Turquia | 29,3% |
| Chile | 29,1% |
| República Checa | 28,7% |
| Líbano | 28,2% |
| Nova Zelândia | 27% |
| Eslovênia | 27% |
| El Salvador | 26,9% |
| Malta | 26,6% |
| Panamá | 25,8% |
| Antígua | 25,8% |
| Israel | 25,5% |
| Austrália | 25,1% |
| Saint Vincent | 25,1% |
| Dominica | 25% |
| Reino Unido | 24,9% |
| Rússia | 24,9% |
| Hungria | 24,8% |