Enquanto os norte-americanos discutem qual é o maior vilão da epidemia nacional de obesidade, pesquisadores disseram ter encontrado os mais fortes indícios até agora de que as bebidas açucaradas têm grande participação nisso, e que eliminá-las seria a mais eficaz ação à disposição.
Três estudos sobre o assunto foram publicados na sexta-feira na revista New England Journal of Medicine. "Não conheço nenhuma outra categoria de alimentos cuja eliminação possa produzir perda de peso num período tão curto", disse David Ludwig, diretor do Centro de Prevenção à Obesidade da Fundação Novo Equilíbrio, do Hospital Infantil de Boston, que coordenou um dos estudos. "O mais efetivo alvo individual para uma intervenção destinada a reduzir a obesidade são as bebidas açucaradas."
Pesquisas anteriores eram mais ambíguas, e os fabricantes contestam a ideia de que uma só fonte de calorias possa ter tamanha responsabilidade pela obesidade, que atinge cerca de um terço dos adultos nos EUA. "Sabemos, e a ciência ampara, que a obesidade não está causada unicamente por um só alimento ou bebida", disse em nota a Associação Americana de Bebidas. "Estudos e artigos opinativos que focam apenas em bebidas adoçadas com açúcar ou em qualquer fonte individual de calorias não fazem nada de significativo para contribuir com essa séria questão."
Na semana passada, a prefeitura de Nova York proibiu a venda de bebida com açúcar em embalagens maiores do que 16 onças (454 gramas) em determinados estabelecimentos.
Dados do governo mostram que, entre 1977 e 2002, o número de calorias que o norte-americano médio consome nos refrigerantes e outras bebidas doces duplicou, fazendo dessa a maior fonte de calorias na dieta. A associação dos fabricantes argumenta que depois disso o consumo caiu, e a obesidade continuou subindo.
Embora estudos observacionais já mostrassem que consumidores de bebidas açucaradas têm mais chances de serem obesas, nenhuma relação de causa-efeito havia sido estabelecida. Os consumidores dessas bebidas também têm maior tendência a verem mais TV e comerem mais fast-food, o que abre a possibilidade de que o açúcar líquido não seja o principal vilão.
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Num dos estudos publicados na NEJM, crianças de 5 a 12 anos, com peso saudável, eram induzidas a tomar 250 mililitros de uma bebida sem gás, que podia ser com açúcar ou adoçada artificialmente. Ao final de 18 meses, o grupo da bebida sem açúcar havia ganhado menos gordura corporal, 1 kg a menos de peso, e 0,36 unidade do índice de massa corporal do que o outro grupo.
Segundo os pesquisadores, tudo indica que o açúcar na forma líquida não produz a mesma sensação de saciedade que outras calorias. "Quando as crianças substituíam (a bebida com açúcar por) bebida sem açúcar, seus organismos não sentiam a ausência de calorias, e não as substituíam por outros alimentos e bebidas", disse Martijn Katan, da Universidade VU, de Amsterdã.
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Há sempre um esporte que vira o queridinho da estação e, nos Estados Unidos, é a hot yoga (yoga quente) que no momento está no pódio. A modalidade já existe há cerca de 40 anos, mas vem ganhando a cada dia adeptos e admiradores ao redor do mundo, de anônimos a celebridades
Foto: Cleide Klock
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Madonna e George Clooney já se declaram apaixonados por essa forma de esculpir o corpo, ganhar mais energia e refrescar a mente, a partir da combinação de altas temperaturas com posturas de yoga que já existem há 5 mil anos
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Como sugere o nome, a aula acontece numa sala aquecida entre 40 e 42 graus, com 40% de umidade, e dura, geralmente, uma hora e meia, mas tem variações. A Bikram Yoga, criada pelo guru indiano Bikram Choudhury, foi a primeira a surgir e é um das mais populares, já que ele registrou o nome, a sequência de 26 posições da aula (Hatha yoga) e tem centenas de escolas no mundo
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As primeiras foram fundadas no Havaí e na Califórnia. O guru desenvolveu sua fórmula em um processo de autocura, após uma contusão no joelho. A sala quente imita as condições de temperatura e umidade da Índia, onde a yoga surgiu
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O instrutor do estúdio Hot Yoga Nimmitz, Conrad Gacki, certificado em Bikram há 10 anos, destaca que os benefícios são incontáveis. "O corpo passa por uma grande desintoxicação, é alongado, trabalhamos todos os músculos e a mente. Uma das consequências da prática frequente é a aceleração do metabolismo"
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O corpo precisa estar com com níveis balanceados de cálcio, magnésio e potássio, já que o suor é contínuo durante toda a aula. É preciso tomar muita água antes, durante e depois dos exercícios para repor o líquido e sais minerais
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Entre as principais direrenças que a sala quente oferece, é que, depois da aula, a sensação é de que saiu pelos poros tudo aquilo que você tem de ruim por dentro
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"O corpo quente fica mais flexível, os alunos conseguem fazer com mais facilidade as poses, a circulação é ativada, ajuda na pressão arterial e é possível expandir mais a respiração, pois o pulmão consegue atingir a capacidade máxima. Essa é a razão que indicamos inclusive a yoga quente para quem tem problemas como asma", diz a brasileira Pamella Tanimura, que mora no Havaí e acabou de voltar da Tailândia, onde fez um curso de certificação em yoga quente
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Pamella enumera outras vantagens trazidas pela prática. "A Hot Yoga melhora o condicionamento físico, a flexibilidade, define os músculos, queima calorias, elimina toxinas, alivia estresse e a ansiedade e aumenta a capacidade de concentração. Funciona como medicina preventiva", diz. A professora destaca que o núcleo do corpo é fortalecido, por isso, essa pode ser a chance de se ter a tão sonhada barriga tanquinho, além de trazer mais flexiblidade para a coluna, modelar o quadril, o bumbum e a coxa. "Também é uma meditação de uma hora e meia, de olho aberto", conclui a brasileira
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As escalas de queima de caloria, nos Estados Unidos, mostram que em uma aula, de uma hora e meia, queima-se em média 900 calorias (estatística baseada numa pessoa de 60 quilos). Para ter uma ideia, é equivalente ao mesmo tempo nadando borboleta ou pedalando numa aula de spinning (ciclismo indoor)
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Para Conrad Gacki, instrutor do estúdio Hot Yoga Nimmitz, o número de calorias é relativo. "Isso depende da condição física e capacidade que uma pessoa tem de suar. É assim em qualquer esporte, pois as pessoas são diferentes", destaca o professor
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O instrutor John Anderson diz que "a yoga quente pode ser praticada todos os dias, mas cada um deve descobrir seus limites. Duas ou três vezes por semana também trará um bom efeito, mas apenas uma vez, vai ser como recomeçar a cada semana. Fica difícil melhorar as posições e a flexibilidade"
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É sempre bom ingerir alimentos ricos em potássio, cálcio e magnésio para que a perda intensa do suor não desequilibre o organismo. Porém, não é aconselhável comer momentos antes de cada aula
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É sempre aconselhável consultar um médico antes de começar a praticar algum esporte. Devido à alta temperatura, mulheres grávidas, quem tem pressão baixa e problemas do coração, deve ter mais precaução na hora de entrar numa aula aquecida. Professores indicam frequentemente a yoga quente para quem tem algum tipo de lesão (joelho, coluna, pescoço), pois é uma atividade de baixo impacto e o calor ajuda na flexibilidade
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