Número de mortos em enchentes no RS volta a subir e chega a 148; veja atualização

Ainda há 124 pessoas desaparecidas por conta dos temporais que atingem o estado desde o final de abril

14 mai 2024 - 12h45
(atualizado às 12h52)
Resumo
Óbitos por temporais no RS voltam a subir e alcançam 148. Outras 124 pessoas ainda não foram encontradas em meio às enchentes.

O número de óbitos provocados pelos fortes temporais que atingem o Rio Grande do Sul voltou a subir, conforme a última atualização da Defesa Civil do Estado, divulgada no início da tarde desta terça-feira, 14. São 148 mortes confirmadas até agora. O Rio Grande do Sul não confirmava novos óbitos desde domingo, 12.

As equipes de resgate ainda procuram 124 pessoas. São 76.884 moradores do estado em abrigos e 538.545 desalojados. A tragédia já afetou 446 dos 497 municípios gaúchos.

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Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini / Porto Alegre 24 horas

Confira abaixo o último balanço completo da Defesa Civil.

  • Municípios afetados: 446
  • Pessoas em abrigos: 76.884
  • Desalojados: 538.545
  • Afetados: 2.124.203
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 124
  • Óbitos confirmados: 148
  • Óbitos em investigação*: 0
  • Pessoas resgatadas: 76.483
  • Animais resgatados: 11.002
  • Efetivo: 27.651
  • Viaturas: 4.405
  • Aeronaves: 41
  • Embarcações: 340

Nível do Guaíba 

O nível do Guaíba marcou 5,20 metros às 8h desta terça-feira, 14, e fez com que a água voltasse a atingir as ruas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O bairro Lami, na Região Sul, foi um dos mais atingidos e precisou ser parcialmente evacuado. 

A medição é da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Agência Nacional de Águas (ANA), que confirmou a tendência de alta devido à chuva intensa do fim de semana. O nível voltou a subir ainda na segunda-feira, 13, e por causa dos ventos, ondulações foram registradas no rio. 

De acordo com a RBS TV, afiliada da Rede Globo, o Lami precisou ser parcialmente evacuado e equipes do Corpo de Bombeiros da região foram acionadas para fazer a remoção das famílias. O Terra tentou contato com a prefeitura para questionar quantas pessoas precisaram ser retiradas de suas casas e para onde foram levadas, mas até o momento, não teve retorno. 

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"Nosso apelo é que as pessoas ainda não retornem para casa devido às previsões de aumento do nível do Guaíba", pediu a prefeitura ainda na segunda. Projeções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontam que a água ainda pode chegar a 5,50 metros e superar o nível da última semana, batendo um novo recorde. 

No último dia 5, o rio chegou a 5,3 metros, quando o recorde anterior era 4,75 metros, registrado em 1941. Esse pode ser classificado como o maior desastre climático do Rio Grande do Sul na história. 

Previsão do tempo

Uma frente fria que chega em regiões do Brasil nesta terça-feira, 14, deve enfraquecer o bloqueio atmosférico que tem atuado no País desde o fim de abril. A massa de ar frio aliviou o calorão no Centro-Oeste e Sudeste, e fez com que as chuvas diminuíssem no Rio Grande do Sul. No entanto, esta frente fria ainda não é capaz de quebrar o bloqueio.

Segundo informações do Climatempo, o bloqueio atmosférico mantém as chuvas estacionadas no Sul e impede o avanço de frentes frias, deixando o tempo instável na região do Rio Grande do Sul. 

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Com o enfraquecimento, é esperado que o calor no Centro-Sul e os temporais no RS diminuam por alguns dias.A previsão é de temperaturas mais altas no próximo fim de semana, e que as chuvas retornem ao Sul, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Governador

O governador Eduardo Leite irá a Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, no início da tarde desta terça, para visitar áreas atingidas pelas enchentes, ao lado do prefeito Adiló Didomenico. 

Fonte: Redação Terra
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