VP de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo defende Soluções Baseadas na Natureza para um futuro sustentável: "natureza é a melhor tecnologia"

Marina Daineze mediou painel na COP30 e reforçou a importância da ciência e dos dados na proteção do meio ambiente

12 nov 2025 - 22h50
Marina Daineze (VP de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo) media painel no Pavilhão da Ciência da COP30 com Thiago Picolo, Tasso Azevedo e Marcio Sztutman
Marina Daineze (VP de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo) media painel no Pavilhão da Ciência da COP30 com Thiago Picolo, Tasso Azevedo e Marcio Sztutman
Foto: Lucas Landau/Especial para o Terra

A realização da COP30 na Amazônia colocou ainda mais em evidência as Soluções Baseadas na Natureza (SbN), que foram tema nesta quarta-feira, 12, de painel no Pavilhão da Ciência Planetária em Belém. O debate "Soluções Baseadas na Natureza: desafios, oportunidades e inovação para um futuro sustentável" foi mediado pela vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo, Marina Daineze, e contou com participação de Thiago Piccolo, CEO da Re.green, Tasso Azevedo, engenheiro florestal e coordenador-geral do MapBiomas, e Marcio Sztutman, CEO do The Nature Conservancy Brazil. 

As SbN são estratégias de engenharia que têm como objetivo restaurar ecossistemas naturais para resolver problemas sociais, ambientais e econômicos. Elas podem atuar, por exemplo, no controle de enchentes e na redução da temperatura. Ao Terra, Daineze destacou a efetividade a longo prazo dessas ações.

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"A tecnologia e a conectividade estão no centro dessa discussão sobre as soluções baseadas na natureza, porque o uso de dados de uma forma cada vez mais eficaz ajuda a trazer priorização e a entender melhor como essas soluções podem ser implementadas e podem trazer resultados mais efetivos", afirmou Marina Daineze.

"A Vivo também acredita que a natureza é a melhor tecnologia, que a gente precisa olhar para a natureza, para os aprendizados, para o conhecimento ancestral também, para a gente poder construir esse futuro mais sustentável", completou a executiva.

Painel "Soluções Baseadas na Natureza", no Pavilhão de Ciência Planetária da COP30, mediado por Marina Daineze, VP de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo
Foto: Lucas Landau/Especial para o Terra

Thiago Picolo enfatizou a importância de dados concretos e acessíveis para que as SbNs possam ser colocadas em prática.

"As empresas podem participar de uma forma genuína e legítima dessa agenda. Esse é um momento crítico, momento de visibilidade, essas soluções entregam muito valor e, portanto, precisa ser priorizadas", afirmou Picolo, que é CEO da re.green, empresa que acaba de ser premiada no Earthshot Awards, o 'Oscar da Sustentabilidade', e firmou parceria com a Vivo para recuperação e proteção de uma área de 800 hectares da Floresta Amazônica, o equivalente a 740 estádios de futebol.

“As Soluções Baseadas na Natureza são um importante caminho para a construção de um futuro mais sustentável", reforçou Marina Daineze. "Um exemplo disso é a Floresta Futuro Vivo, um projeto de 30 anos, um compromisso histórico, de longo prazo, que a gente faz de restauração, regeneração e proteção de uma área na Floresta Amazônica". Ao todo, estima-se o plantio e conservação de 900 mil árvores de espécies nativas, bem como a restauração do ecossistema, a reconstituição dos fluxos hídricos naturais e o retorno gradual da biodiversidade.

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Marina Daineze (VP de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo) participa de painel no Pavilhão da Ciência da COP30 com Thiago Picolo, Tasso Azevedo e Marcio Sztutman
Foto: Lucas Landau/Especial para o Terra

Dados a serviço da mitigação da crise

Durante o painel, Tasso Azevedo reforçou o pensamento de Thiago Piccolo em relação ao uso de dados para criar SbNs.

"A ideia é que você consiga identificar os riscos climáticos e aí você tem um conjunto de soluções baseadas na natureza que pode se acoplar a outras soluções. Se você tem um processo de deslizamento interno, você pode ter um processo de seca ou de enchente. E aí você encontra possíveis soluções para acoplar. O que gente faz com os dados, basicamente, é avaliar os riscos associados às mudanças climáticas", disse.

Já Marcio Sztutman lembrou que a recuperação da Mata Atlântica, por exemplo, recebe investimentos desde os anos 2000, e que isso possibilita a proteção de terras e águas degradadas.

"Têm duas grandes crises implicadas: a climática e a biodiversidade. A gente precisa ter estratégias bastante robustas para endereçá-las", afirmou.

"É com muito bons olhos que a gente vê iniciativa comerciais ganhando escala. É isso que precisa acontecer, esse é nosso papel. Quando o terceiro setor consegue influenciar uma política pública ou o mercado, esse é o objetivo", ressaltou Marcio Sztutman.

O Pavilhão da Ciência Planetária acontece na Zona Azul da COP30 e é co-presidido por Johan Rockström, Diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, e Carlos Nobre, Guardião Planetário e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia. O espaço sediará painéis de especialistas, mesas redondas e lançamentos de políticas e tem a Vivo entre suas apoiadoras.

*Essa reportagem foi produzida como parte da Climate Change Media Partnership 2025, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network, da Internews, e pelo Stanley Center for Peace and Security.

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Fonte: Portal Terra
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