Avaliação: Fiat Strada ficou muito boa com o câmbio CVT

Rodamos na cidade e na estrada com a picape Fiat Strada na nova versão Ranch AT, que tem um câmbio CVT de 7 marchas

13 jan 2022 - 10h08
(atualizado em 13/10/2022 às 14h28)
Fiat Strada
Fiat Strada
Foto: Stellantis / Divulgação

Já avaliamos a picape Fiat Strada em sua nova versão Ranch AT. Equipada com câmbio automático CVT de 7 marchas, a Strada Ranch 1.3 AT é a nova versão topo de linha. Ela custa R$ 116.990, mas há uma opção um pouco mais em conta, a Volcano AT, que sai por R$ 111.990. Pelo menos por enquanto, a Strada Volcano MT continua no catálogo, por R$ 103.990.

Mas, afinal, o câmbio automático fez diferença na picape Strada? Fez sim. E foi para o bem. Antes de falarmos de números, fiquemos nas sensações ao dirigir. Com o câmbio CVT de 7 marchas, a Strada aproveita de forma mais inteligente a potência e o torque do motor 1.3 Firefly (aspirado flex). Há um ganho na economia de combustível e principalmente no conforto ao dirigir.

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Com mais marchas disponíveis (sete aos invés de cinco), a transmissão não precisa esticar demais cada velocidade para atingir a potência máxima. Além disso, ao contrário das engrenagens fixas do câmbio manual de 5 marchas, o câmbio CVT utiliza um sistema de polias que varia continuamente a relação de marchas. Melhor ainda: a Strada automática permite trocas manuais na alavanca e na borboleta do volante.

Fez bem a Fiat em não economizar neste item. A maioria dos carros da Chevrolet, por exemplo, não tem esse “mimo” porque a GM considera que poucos motoristas o utilizam. Bem, a possibilidade de antecipar uma ou duas marchas é uma vantagem para quem quer fazer uma ultrapassagem ou reduzir as rotações do motor depois de determinada velocidade. A picape Strada tem isso.

Com o câmbio manual, as solicitações de velocidade faziam o motor reclamar a 80 km/h em 5ª marcha (2.500 rotações), gritar a 100 (umas 3.000 rpm) e berrar a 120 km/h (3.750 giros). Agora, com o câmbio CVT, não mais.

O que verificamos na Strada automática, portanto, é um rodar muito mais silencioso. E o menor ruído do motor melhora o conforto da condução. Se antes os usuários da Fiat Strada tinham essa queixa em viagens, agora não têm mais. Sem contar que na cidade é muito mais cômodo usar um veículo automático, sem a necessidade constante de trocas de marcha.

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O ganho em consumo veio em todas as situações. Mas isso é consequência também da redução da potência do motor 1.3, de 109 para 107 cv. O torque caiu de 139 para 134 Nm. É verdade que a aceleração de 0 a 100 km/h piorou, de 11,2 para 12 segundos. Assim como a velocidade máxima, que caiu de 168 para 165 km/h. Mesmo assim compensa. 

Com gasolina, a Strada AT faz 12,4 km/l na utilização urbana e 13,9 km/l na utilização rodoviária. Antes, fazia 12,0 na cidade e 13,2 na estrada. Com etanol, a Fiat Strada AT agora faz 8,8 na cidade e 9,9 km/l na estrada. Antes, fazia 8,5 e 9,2, respectivamente. Vale dizer também que a Strada Ranch AT (1.235 kg) é bem mais pesada do que a Strada Volcano MT5 (1.174 kg). A Strada Volcano AT fica no meio das duas (1.215 kg). 

Outro detalhe que agradou é a beleza da picape. A nova versão Ranch traz elementos herdados de sua irmã maior, a Toro Ranch, traz skid plate cinza, para-barros, retrovisores em preto brilhante, logotipos Ranch no para-lama e na tampa da caçamba, estribos laterais, barras do teto longitudinais cinzas, capota marítima com a inscrição Ranch e novas rodas de liga-leve de 15” com pneus para uso misto.

O painel tem gráficos exclusivos e moldura na cor marrom ao redor do porta-objetos superior, contrastando com as saídas de ar em preto brilhante. O mesmo tom é usado em detalhes no volante e na alavanca de câmbio, assim como na lateral dos bancos de couro, que trazem a inscrição Ranch nos encostos. Há ainda badges Ranch abaixo da central multimídia, tapetes e nas soleiras das portas.

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De resto, a Fiat Strada AT é como as demais versões Cabine Dupla. Com quatro portas, a nova Strada dá dignidade aos passageiros de trás. Mas não espere muito. O espaço atrás continua sendo bastante apertado. Adultos sofrem. Para uma família com três filhos adolescentes ou pequenos, entretanto, trata-se de um carro interessante.

Rodando, a Strada Cabine Dupla tem um comportamento muito mais agradável do que a Cabine Simples. Como a distribuição de peso é mais equilibrada, ela oferece uma dinâmica mais parecida com a de um automóvel. Equipada com capota marítima, ela é uma boa alternativa tanto para hatches quanto para sedãs compactos (sempre lembrando do espaço mais reduzido para os passageiros de trás).

GUIA DO CARRO / FIAT STRADA RANCH 1.3 AT
ITEMCONCEITONOTA
MOTORBom6
CÂMBIOMuito bom8
SUSPENSÃOÓtimo9
FREIOSBom6
DIREÇÃOMuito bom7
EQUIPAMENTOSMuito bom8
ERGONOMIAMuito bom7
CAÇAMBAÓtimo9
ACABAMENTOMuito bom7
DESIGNÓtimo9
VEREDICTOMuito bom7,6

Os números

  • Preço: R$ 116.990
  • Motor: 1.3 aspirado flex
  • Potência: 107 cv a 6.250 rpm (e)
  • Torque: 134 Nm a 4.000 rpm
  • Câmbio: 7 marchas CVT
  • Tração: 4x2
  • Comprimento: 4,480 m
  • Largura: 1,781 m
  • Altura: 1,576 m
  • Entre-eixos: 2,737 m
  • Vão livre: 196 mm
  • Peso: 1.235 kg
  • Pneus: 205/60 R15
  • Caçamba: 844 litros
  • Carga útil: 600 kg
  • Tanque: 55 litros
  • Aceleração 0-100 km/h: 12s0
  • Velocidade máxima: 165 km/h
  • Consumo cidade: 12,4 km/l (g)
  • Consumo estrada: 13,9 km/l (g)
  • Emissão de CO2: n/d
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