Utilização de formol para alisar cabelos na mira da Anvisa: entenda os riscos

Produtos alisantes com agentes químicos proibidos vêm preocupando tanto consumidores quanto profissionais do setor de beleza, principalmente devido aos riscos de reações adversas e danos irreversíveis à fibra capilar

15 jul 2025 - 10h50

O uso de alisantes capilares no Brasil, como  formol (formaledeído) e o ácido glioxílico passaram a receber atenção redobrada após recentes alertas de órgãos regulatórios, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Produtos alisantes com agentes químicos proibidos vêm preocupando tanto consumidores quanto profissionais do setor de beleza, principalmente devido aos riscos de reações adversas e danos irreversíveis à fibra capilar.

Anvisa alerta quanto às substâncias para alisar cabelos, como formol
Anvisa alerta quanto às substâncias para alisar cabelos, como formol
Foto: depositphotos.com / AndrewLozovyi / Perfil Brasil

Os ingredientes mencionados acima destacam-se pela ampla presença em fórmulas não autorizadas. Embora frequentemente associados a resultados imediatos de alisamento, representam sérios perigos, incluindo irritações, dificuldades respiratórias e impacto negativo na estrutura dos fios. Assim, levantam questões relevantes sobre a segurança dos cosméticos usados diariamente por milhões de pessoas.

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Por que formol e ácido glioxílico são proibidos em alisantes capilares?

A legislação brasileira estabelece normas rigorosas para o uso do formol em produtos cosméticos. O formol está autorizado apenas como conservante em baixas concentrações, até 0,2%, e como agente endurecedor em esmaltes, até 5%. O uso desse composto como agente alisante em preparações capilares apresenta alto potencial tóxico. O formaldeído é reconhecidamente capaz de causar irritação nos olhos, pele e sistema respiratório, sendo ainda classificado como cancerígeno para humanos.

Já o ácido glioxílico também entrou para a lista de substâncias vetadas pela Anvisa em produtos para alisar cabelos. Ao ser aquecido durante o procedimento, libera vapores tóxicos que aumentam os riscos de intoxicação, especialmente quando combinados com outros tratamentos como descoloração. O contato continuado com tais elementos químicos pode acarretar problemas graves, inclusive dano permanente ao couro cabeludo e à saúde geral do indivíduo.

Produtos de alisamento capilar que fogem das normas estabelecidas frequentemente causam efeitos adversos, mesmo em curto prazo. Entre os sintomas mais comuns relatados estão coceira, ardência, descamação do couro cabeludo, alergias e até mesmo queda acentuada dos fios. O perigo aumenta quando há exposição ao vapor de formol ou ácido glioxílico, resultando em ardência ocular e dificuldades respiratórias.

Além de sintomas imediatos, existe o risco de desenvolvimento de condições crônicas. A inalação frequente dessas substâncias pode evoluir para doenças respiratórias sérias. Em casos mais graves, a intoxicação pode ocasionar hospitalização, principalmente quando a aplicação dos produtos ocorre em ambientes sem ventilação adequada. Por isso, a fiscalização do uso desses alisantes continua sendo pauta prioritária para garantir a segurança da população.

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