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Ucrânia aprova recrutamento de presidiários pelo Exército em troca de anistia

Medida exclui detentos condenados por crimes graves, como homicídio, violência sexual e atentados à segurança nacional

8 mai 2024 - 15h33

O Parlamento da Ucrânia aprovou um projeto de lei nesta quarta-feira (8) que permite que presos cumprindo pena no país sejam recrutados pelas Forças Armadas em troca de anistia por seus crimes. O texto foi aprovado em segunda leitura, com 279 votos a favor.

Ucrânia aprova recrutamento de presidiários pelo Exército em troca de anistia
Ucrânia aprova recrutamento de presidiários pelo Exército em troca de anistia
Foto: Canva / Perfil Brasil

A medida exclui detentos condenados por crimes graves, como homicídio, violência sexual e atentados à segurança nacional, e surge em um momento em que Kiev busca mobilizar mais soldados para enfrentar a Rússia.

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O recrutamento de presidiários não é novo no conflito ucraniano. Em 2022, a Rússia autorizou o Grupo Wagner a recrutar homens de prisões russas, oferecendo salários, anistia para crimes e indenizações para as famílias. No entanto, desertores relataram serem enviados para o front sem treinamento ou equipamento adequado, e que eram ameaçados de morte se desertassem.

Ucrânia luta para repor as fileiras

Em meio a dois anos de guerra, com uma série de derrotas para as forças russas, a Ucrânia está tentando repor suas fileiras. Em abril, na tentativa de ampliar o recrutamento, a idade mínima para o alistamento obrigatório foi reduzida de 27 para 25 anos.

Kiev também suspendeu serviços consulares para homens ucranianos entre 18 e 60 anos no exterior, como uma maneira de incentivá-los a retornar ao país e se juntar às forças de defesa, além de ajudar na economia local. O governo aumentou a fiscalização, especialmente em áreas de fronteira, para evitar que possíveis recrutas deixem o país.

O país enfrenta pressões de famílias aguardando a identificação dos corpos de seus entes queridos, muitas vezes em necrotérios lotados ou áreas inacessíveis do campo de batalha.

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Oficialmente, o governo ucraniano não revela o número de soldados desaparecidos em ação, que frequentemente são considerados mortos não identificados. Em fevereiro, em uma rara declaração, o presidente Volodymyr Zelensky

estimou o número de soldados mortos em 31 mil, porém estimativas dos EUA sugerem que 70 mil tenham morrido até agosto.

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