Orkut: O que se sabe sobre possível volta da rede social?

O engenheiro turco Orkut Buyukkokten, responsável pela plataforma que ficou famosa no Brasil nos anos 2000, revela planos para retorno com nova roupagem

2 set 2024 - 16h55

O engenheiro turco Orkut Buyukkokten, fundador da rede social Orkut, visitou o Brasil para participar do evento Rio Innovation Week. Em entrevista ao G1, Buyukkokten compartilhou seus planos de trazer de volta a plataforma que marcou uma geração.

Rede social foi popular no começo dos anos 2000
Rede social foi popular no começo dos anos 2000
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Desde que o site do Orkut foi desativado em 2014, muitos antigos usuários ficaram desapontados e buscavam uma atualização sobre a plataforma. Em 2022 o site foi reativado com uma mensagem enigmática prometendo "algo novo".

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Orkut Buyukkokten acredita que a autenticidade das redes sociais pode ser restaurada. Ele declarou que está aplicando suas experiências anteriores com o Orkut e seu sucessor Hello para criar uma plataforma mais positiva e envolvente. Segundo ele, a chave para essa transformação está na inteligência artificial.

"Podemos trazer essa autenticidade e conexão de volta à sociedade por meio das mídias sociais se otimizarmos os algoritmos", afirmou Buyukkokten. Ele mencionou que os planos para a nova rede social estão sendo cuidadosamente estudados para garantir um lançamento de qualidade "em breve".

Orkut e o uso da inteligência artificial

Buyukkokten acredita que a inteligência artificial e o aprendizado de máquina podem criar uma experiência de rede social mais autêntica e positiva. A aplicação dessas tecnologias pode ser a solução para eliminar a negatividade e fomentar conexões genuínas entre os usuários.

Segundo o criador da plataforma, a IA pode otimizar os algoritmos para promover interações mais positivas, reduzir a prevalência de conteúdo negativo e de ódio e criar comunidades engajadas e autênticas.

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Durante a entrevista, Buyukkokten criticou as práticas de outras plataformas de mídia social, especialmente aquelas da Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram. Ele apontou que essas redes sociais são "tóxicas" e priorizam o lucro em detrimento da segurança e bem-estar dos usuários.

Ele destacou que muitas dessas plataformas lucram explorando a raiva e a negatividade dos usuários. "As emoções negativas mantêm as pessoas afastadas por mais tempo, o que significa que elas passam mais tempo olhando anúncios. Isso resulta em mais lucro para as empresas", afirmou Buyukkokten.

"Você tem adolescentes, geralmente passando de três a sete horas no TikTok. E o que eles realizam no final? Eles não realizam nada. Eles não estão fazendo novos amigos, não estão criando novas conexões, mas estão deprimidos e solitários", apontou o criador do Orkut.

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