Venezuela diz que italiano preso não teve direitos violados

Ministro insinuou que Trentini poderia estar ligado ao tráfico

12 set 2025 - 11h34
(atualizado às 12h23)
O italiano Alberto Trentini foi preso na Venezuela em janeiro deste ano
O italiano Alberto Trentini foi preso na Venezuela em janeiro deste ano
Foto: Reprodução: Hostage Aid Worldwide

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, declarou nesta semana à imprensa que não foram violados os direitos humanos do italiano Alberto Trentini, detido no país sul-americano há 10 meses sem acusação formal. Ele insinuou que o crime mais comum cometido por estrangeiros no país é o tráfico de drogas.

"Conheço bem o caso de Alberto Trentini e seus direitos humanos não foram violados: ele tem advogado, está sendo julgado, há uma ação judicial que seguirá seu curso", afirmou Gil durante entrevista à CNN em língua espanhola na última quarta-feira (10).

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Ao citar as tensões entre seu país e os Estados Unidos no "combate ao narcotráfico", o ministro insinuou que pessoas de diversas nacionalidades, entre elas, italiana, respondem à Justiça venezuelana, sendo que "o crime mais comum é o tráfico de drogas".

"Existe um procedimento [jurídico] que deve ser respeitado. Na Venezuela, existem milhares de tribunais com todas as nacionalidades: colombianos, peruanos, italianos, acusados de muitos crimes. O mais comum é o tráfico de drogas", disse Gil.

Trentini, de 45 anos e natural de Veneza, chegou ao país governado por Nicolás Maduro em 17 de outubro de 2024 para uma missão com a ONG Humanity and Inclusion, a fim de levar ajuda humanitária a pessoas portadoras de deficiência. No entanto, em 15 de novembro, quando se deslocava de Caracas a Guasdualito, foi detido em um posto de controle juntamente com o motorista da ONG, sem acusação formal. 

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