No dia 28 de novembro, o site WikiLeaks voltou a gerar polêmica mundial ao publicar mais de 250 mil documentos secretos dos Estados Unidos, revelando o que os funcionários de Washington pensam a portas fechadas dos líderes de outras nações. Os documentos diplomáticos secretos, divulgados a vários jornais do mundo, revelam descrições pouco amistosas das lideranças
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Preocupado, o governo americano criticou duramente o WikiLeaks pela divulgação, afirmando que o vazamento é "irresponsável" e põe a vida dos diplomatas e de outras pessoas em risco. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley (foto), foi o responsável em esclarecer diariamente à imprensa as medidas de segurança que serão adotadas pelo órgão frente ao vazamento de dados
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Em um dos documentos divulgados pelo WikiLeaks, o rei Abdullah, da Arábia Saudita, tentou repetidamente convencer os EUA a atacarem o Irã para pôr fim ao programa de armas nucleares iraniano, enquanto a China, por sua vez, direcionou ataques cibernéticos contra os EUA. Para Peter King, o vazamento "revela a intenção de Assange de prejudicar não apenas a luta contra o terrorismo, mas também a segurança das forças de coalizão em Iraque e Afeganistão"
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Meir Dagan, chefe do serviço secreto israelense no exterior (Mossad) apresentou aos EUA um plano para aplicar um golpe de Estado no Irã em 2007, de acordo com dados vazados pelo WikiLeaks. Para impedir a evolução nuclear do Irã, o responsável israelense também apresentou um programa em cinco fases que incluía a continuação dos esforços diplomáticos, uma nova rodada de sanções ao Irã e a necessidade de impedir a transferência de conhecimentos e tecnologia a Teerã
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O congressista republicano Peter King (dir.) foi duro com o WikiLeaks e pediu para que o governo dos EUA investigue o site e que analise a possibilidade de incluí-lo na lista de grupos terroristas. King, que avaliou o vazamento como "pior que um ataque militar", pediu ao Departamento de Justiça e ao Departamento de Estado alguma ação contra WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange
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Os EUA abriram uma investigação criminal contra o WikiLeaks realizada junto ao Departamento de Defesa para determinar as responsabilidades do vazamento. O procurador-geral dos EUA, Eric Holder (foto), destacou que a publicação "põem em perigo não só indivíduos e diplomatas, mas também a relação dos EUA com os aliados no mundo todo", além de ser "um risco para a segurança nacional"
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A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatizou sua "natureza transparente" depois que o site WikiLeaks divulgou documentos segundo os quais os EUA ordenaram a seus diplomatas que espionassem funcionários de outros governos na ONU. Em comunicado, a ONU assinalou que "é, por sua natureza própria, uma organização transparente que põe à disposição do público e dos Estados-membros uma grande quantidade de informação sobre suas atividades"
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Apesar da pressão internacional, liderada pelos EUA, o WikiLeaks disse que a divulgação de documentos confidenciais continuará. Segundo o site, "acho que veremos novas publicações durante as próximas semanas e, possivelmente, meses", além de acrescentar que o vazamento pode continuar durante 2011
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O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
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A ex-candidata republicana à vice-presidência dos EUA e possível candidata em 2012, Sarah Palin, tachou de "incompetente" a gestão de Barack Obama pelo vazamento em massa dos documentos secretos. Segundo ela, a publicação representa "graves perguntas sobre a incompetente gestão de Obama neste grande fiasco". Ela acusou o governo de não tomar medidas que freassem o vazamento
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O ex-presidente americano, George W. Bush, qualificou de "muito danoso" o vazamento de documentos secretos e disse que os telegramas diplomáticos podem prejudicar as relações de Washington com o mundo. "O vazamento é muito danoso e as pessoas que o efetuaram devem ser processadas judicialmente", assinalou."Em alguns casos será muito difícil manter a confiança de líderes estrangeiros", completou Bush
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Em uma das publicações constrangedoras, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, questionou a saúde mental da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e pediu a diplomatas dos EUA que investigassem se ela toma remédios psiquiátricos. Além disso, Hillary perguntou sobre a "dinâmica interpessoal" envolvendo Cristina e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, que morreu no começo deste mês
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Em outra citação dos dados, é relatado um encontro entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o então embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel. Durante a conversa, segundo o documento, Jobim diz a Sobel que o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Guimarães, "odeia os Estados Unidos" e estava tentando criar problemas na relação entre os países. Em comunicado à imprensa, Jobim negou as afirmações
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, teve um "grave tumor" no nariz no início de 2009 e foi convidado pelo presidente Lula para ser operado em um hospital de São Paulo, segundo um documento divulgado pelo WikiLeaks e desmentido pelo porta-voz de Morales, Ivan Canelas. O documento, de 22 de janeiro de 2009, traz uma conversa entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o embaixador americano no Brasil, Clifford M. Sobel, confirmando a questão
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No dia 30 de novembro, a defesa de Julian Assange, o fundador do site Wikileaks, apelou em segunda instância perante a Corte Suprema sueca contra uma ordem de prisão por supostos crimes sexuais. Tratou-se do último recurso legal possível dos advogados de Assange, 39 anos, que anunciaram na semana passada que recorreriam da decisão na Corte Suprema
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No mesmo dia 30, a Interpol emitiu uma ordem internacional de detenção contra Julian Assange, pelos supostos delitos sexuais. A ordem é uma "notificação vermelha", o nível mais alto da Interpol, divulgada para deter, mesmo que provisoriamente, pessoas procuradas internacionalmente e com fins de extradição. Segundo a imprensa internacional, o paradeiro do fundador do WikiLeaks é desconhecido
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Ao discordar das críticas de Hillary Clinton, Julian Assange disse que a política Hillary Clinton, "deveria renunciar". "Deveria renunciar se for possível mostrar que foi a responsável por ordenar que diplomatas americanos se envolvessem em tarefas de espionagem nas Nações Unidas, violando os tratados internacionais assinados pelos EUA", explicou Assange. "A lei não é o que diz um general, nem o que diz Hillary Clinton", acrescentou.
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O WikiLeaks ignorou as críticas sobre a revelação das comunicações diplomáticas e afirmou que o vazamento é perfeitamente legal. O site comunicou que as pessoas têm direito de saber o que as autoridades que trabalham em seu nome estão fazendo, e minimizou os temores de que o vazamento possa abalar as relações internacionais
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A mãe do australiano Julian Assange (foto), afirmou na última terça-feira que não quer que seu filho seja "caçado" pela Interpol pelas duas acusações de estupro que pesam contra ele na justiça sueca. Christine Assange, disse sentir-se "como qualquer outra mãe se sentiria, bastante angustiada" pelo fato de que autoridades estão procurando seu filho. "Ele é meu filho e eu o amo, e obviamente não quero que ele seja caçado e preso", disse
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Em um chat promovido na sexta-feira pelo The Guardian, Julian Assange falou sobre o papel desempenhado por sua organização no cenário global, sobre a possibilidade de colocar pessoas em risco que "a História vencerá". "WikiLeaks tem uma história de 4 anos de publicações. Durante esse período não há informações - mesmo de organizações como o Pentágono - de que uma única pessoa tenha se machucado", afirmou