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Delegação do Hamas vai ao Cairo na 2ª-feira para negociações sobre cessar-fogo em Gaza

28 abr 2024 - 14h15

Uma delegação do Hamas visitará o Cairo na segunda-feira para negociações com o objetivo de alcançar um cessar-fogo, disse uma autoridade do Hamas à Reuters neste domingo, enquanto os mediadores se esforçam para que o acordo seja costurado antes de um ataque israelense a Rafah, no sul.

O responsável pela informação, que pediu para não ser identificado, disse que a delegação irá discutir uma proposta de cessar-fogo entregue pelo Hamas aos países mediadores Catar e Egito, bem como a resposta de Israel.

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Ele não revelou detalhes das últimas propostas.

A guerra, agora no seu sétimo mês, foi desencadeada por um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 253 reféns, segundo registros israelenses.

Israel prometeu eliminar o Hamas, que controla Gaza, numa operação militar que matou mais de 34 mil palestinos, 66 deles nas últimas 24 horas, segundo as autoridades de saúde em Gaza. A guerra desalojou a maior parte da população de 2,3 milhões de habitantes e destruiu grande parte do enclave densamente povoado.

Na sexta-feira, Khalil Al-Hayya, funcionário de alto escalão do Hamas, disse que o grupo recebeu a resposta de Israel à proposta de cessar-fogo e estava estudando antes de formalizar um retorno aos mediadores egípcios e catarianos.

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As rodadas anteriores de negociações não conseguiram preencher as lacunas nas posições dos dois lados. O Hamas quer um acordo para o fim permanente da guerra e para que Israel retire as suas forças da Faixa de Gaza.

Israel ofereceu apenas um cessar-fogo temporário para que sejam libertados cerca de 130 reféns que permanecem em cativeiro e para permitir a entrega de mais ajuda humanitária. Afirmou que não encerrará as suas operações até que tenha alcançado o seu objetivo de destruir o Hamas.

O ministro das Relações Exteriores de Israel disse no sábado que uma incursão planejada em Rafah, onde mais de um milhão de palestinos estão abrigados, poderia ser adiada caso surgisse um acordo para libertar os reféns israelenses.

A questão criou fissuras na coligação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ministros mais linha-dura insistem na incursão em Rafah, enquanto parceiros mais de centro afirmam que um acordo pelos reféns é a principal prioridade.

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O ministro das Finanças Bezalel Smotrich, um nacionalista linha-dura, pediu no domingo a Netanyahu que não recue de um ataque a Rafah e disse que concordar com a proposta de cessar-fogo constituiria uma derrota humilhante.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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