Ucrânia diz que Rússia está preparando 100.000 soldados para possível nova ofensiva

O ministro da Defesa da Rússia também disse esta semana que Moscou reforçaria seus militares adicionando dois novos exércitos

22 mar 2024 - 11h51
(atualizado às 13h32)
Soldados ucranianos em desfile militar. Bandeira ucraniana no uniforme militar
Soldados ucranianos em desfile militar. Bandeira ucraniana no uniforme militar
Foto: Foto: istock

A Rússia está preparando 100.000 soldados que poderiam ser usados para uma nova ofensiva na Ucrânia neste verão (do hemisfério norte) ou para reabastecer unidades, disse o comandante das forças terrestres da Ucrânia nesta sexta-feira.

O tenente-general Oleksandr Pavliuk fez os comentários na televisão ucraniana após os recentes avanços das tropas russas no leste da Ucrânia, mais de dois anos após a invasão em grande escala de Moscou.

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"Não será necessariamente uma ofensiva, talvez eles reabasteçam suas unidades que perderam a capacidade de combate, mas existe a possibilidade de que no início do verão eles possam ter certas forças para conduzir operações ofensivas", disse Pavliuk.

Em um sinal de endurecimento da retórica na Rússia, o Kremlin disse na sexta-feira que agora se considera em guerra por causa do que disse ser a intervenção ocidental ao lado da Ucrânia.

A escolha das palavras foi além da linguagem de "operação militar especial" usada até agora e pode ser parte de uma mudança para preparar as pessoas mentalmente para uma nova fase da guerra.

O ministro da Defesa da Rússia também disse esta semana que Moscou reforçaria seus militares adicionando dois novos exércitos e 30 novas formações até o final deste ano.

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A Ucrânia enfrenta uma escassez de munição agravada pelo impasse no Congresso dos EUA em relação a um novo pacote de ajuda, embora Kiev espere ter munição suficiente em abril, graças principalmente a uma iniciativa liderada pela República Tcheca para obter projéteis de artilharia.

O vice-ministro da Defesa, Ivan Havryliuk, afirmou em comentários na TV que a Rússia tinha uma vantagem de munição de sete para um sobre a Ucrânia.

"Acredito que em um ou dois meses essa diferença será significativamente reduzida, e não haverá uma proporção tão grande a favor da Federação Russa", disse ele.

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