O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump falará neste sábado, em Dallas, a milhares de defensores do direito à posse de armas, e tentará usar a oportunidade para aumentar o entusiasmo de alguns de seus maiores apoiadores.
O ex-presidente deve discursar no fórum anual de lideranças da National Rifle Association (NRA). Será a nona vez que Trump fala ao maior grupo defensor das armas dos EUA e, como no passado, ele deverá vociferar forte oposição a restrições à posse de armas de fogo.
A NRA apoiou Trump com entusiasmo durante a corrida presidencial de 2016 e ao longo de seu governo, exaltando-o quando o presidente indicou três juízes conservadores para a Suprema Corte e tomou uma série de atitudes que agradaram ao lobby das armas. Isso incluiu classificar lojas de armamentos como negócios essenciais durante a pandemia de Covid-19, permitindo que elas permanecessem abertas.
Republicanos, com o apoio da NRA e outros grupos de defesa do direito ao armamento, opõem-se ferozmente a leis que controlem a circulação de armas, citando que o direito de andar armado foi estabelecido pela Segunda Emenda à Constituição.
Essa postura tem permanecido mesmo diante de uma série de massacres com armas de fogo, que fizeram os democratas pedirem por mais controle sobre elas.
Em um discurso em fevereiro em outro encontro da NRA, Trump prometeu revogar uma regra que limita a venda de acessórios de armas, como suportes para pistolas, além de outras regras impostas pelo governo democrata de Joe Biden.
Pesquisas mostram que a legislação de armas é um tema que divide os EUA, embora a grande maioria dos norte-americanos apoie alguns limites legais. Em março, uma sondagem Reuters/Ipsos mostrou que 53% dos entrevistados concordam que o governo deveria regular a posse de armas, enquanto 38% que são contra. Entre os republicanos, apenas 35% apoiam o envolvimento do governo.
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