As Forças Armadas de Taiwan podem responder rapidamente a qualquer ataque chinês repentino, com todas as unidades capazes de operar sob um modo de comando descentralizado, sem aguardar ordens de cima, disse o Ministério da Defesa de Taipé em um relatório aos parlamentares.
Taiwan, governada democraticamente e vista por Pequim como seu próprio território, tem alertado repetidamente que a China poderia tentar mudar repentinamente seus exercícios regulares para o modo de combate ativo para pegar Taiwan e seus apoiadores internacionais desprevenidos.
As Forças Armadas da China operam em torno de Taiwan quase que diariamente, no que Taipé diz ser parte de uma campanha de assédio e pressão na "zona cinzenta", que não chega a ser um combate real, mas é projetada para desgastar as Forças Armadas de Taiwan, colocando-as constantemente em alerta.
O Ministério da Defesa disse em seu relatório que a frequência e a escala das atividades militares da China têm aumentado ano a ano, incluindo suas "patrulhas de prontidão de combate conjunto" regulares.
Os militares têm uma prática operacional padrão sobre como elevar seu nível de alerta de combate caso os exercícios chineses passem "do exercício para a guerra", acrescentou o ministério.
"Se o inimigo lançar um ataque repentino, todas as unidades devem implementar o 'controle distribuído' sem esperar por ordens e, sob um modo de comando 'descentralizado', realizar suas missões de combate", disse, sem dar detalhes.
Na segunda-feira, o Ministério da Defesa da China disse que o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, estava "exagerando" a ameaça da China e "vendendo ansiedade de guerra".
"Esperamos que a grande massa de compatriotas de Taiwan reconheça claramente o perigo extremo e a nocividade da frenética 'preparação para a guerra em busca da independência' das autoridades de Lai", afirmou o ministério em um comunicado.