Robô da Nasa em Marte encontra indício de lago em local de pouso

8 dez 2014 - 20h24

Bilhões de anos atrás, um lago preenchia a cratera de 154 quilômetros de largura sendo explorada pelo Curiosity, o robô da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês) que vaga por Marte, fortalecendo os indícios de que o planeta mais parecido com a Terra no sistema solar foi adequado para a vida microbiana, disseram cientistas nesta segunda-feira.

As novas descobertas combinam mais de dois anos de dados coletados pelo veículo desde seu pouso dentro da Cratera Gale em agosto de 2012.

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Os cientistas descobriram pilhas de rochas contendo sedimentos deixados pela água e inclinados rumo ao centro da cratera, que agora exibe um morro de cinco quilômetros chamado Monte Sharp.

Isso pode significar que o monte não existia durante um período de tempo de aproximadamente 3,5 bilhões de anos atrás, quando a cratera estava cheia de água, afirmaram os pesquisadores a cargo do Curiosity a repórteres durante uma teleconferência.

“Encontrar os estratos inclinados foi... uma surpresa total”, disse o cientista-chefe, John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

“A geologia sedimentária... é o que há de mais avançado para tentar entender a Terra. Quando as petroleiras coletam amostras sísmicas, estão procurando estratos inclinados porque... você obtém uma geometria que mostra onde estão as rochas que você procura”, acrescentou.

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Pouco depois de pousar, o Curiosity descobriu que Marte já teve os ingredientes químicos e as condições ambientais necessárias para conter vida microbiana, cumprindo o objetivo principal de sua missão.

“O tamanho do lago na Cratera Gale e a extensão de tempo e de séries mostrando que a água estava presente implica que pode ter havido tempo suficiente para a vida surgir e florescer”, disse o cientista Michael Meyer, do Programa de Exploração de Marte da Nasa.

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