Putin denuncia 'negligência' em incêndio em shopping

Milhares vão às ruas da Rússia em protesto contra tragédia

27 mar 2018 - 08h50
(atualizado às 09h09)
Presidente russo, Vladimir Putin, visita local de incêndio que matou 64 pessoas em Kemerovo.
Presidente russo, Vladimir Putin, visita local de incêndio que matou 64 pessoas em Kemerovo.
Foto: Reuters

O incêndio no centro comercial em Kemerovo, na Rússia, que deixou 64 mortos - sendo 41 crianças - foi causado por "uma negligência criminosa", afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (27).

A declaração foi dada durante uma visita ao local, onde Putin depositou flores em homenagem às vítimas. O presidente ainda se reuniu com um grupo de familiares no necrotério de Kemerovo e prometeu que todos "os responsáveis serão punidos independentemente de suas posições".

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"Há uma lista de 64 mortos. Examinados os corpos, a julgar pelos seus tamanhos, havia cerca de 20 adultos e o resto eram crianças", disse a agência "Interfax", citando fontes.

"Falamos de demografia e perdemos tantas pessoas. Por quê? Por negligência criminal, por descuido", afirmou Putin.

Diversas testemunhas e autoridades russas afirmaram que o tragédia se decorreu, principalmente, porque as saídas de emergência estavam trancadas e os alarmes de incêndio não foram ouvidos. Pelo menos quatro pessoas já foram presas em decorrência do incidente. Segundo o presidente do Comitê de Instrução da Rússia (CIR), Alexcandr Bastrikin, disse que o incêndio começou em uma praça de jogos infantis localizada no quarto andar do shopping Zimnaya Vishnia.

Para ele, há duas hipóteses sendo considerada nas investigações: "um curto-circuito provocado por defeitos do sistema elétrico", ou "que alguém tenha acendido um fogo".

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O caso provou várias reações entre os cidadãos russos. Centenas de pessoas tomaram às ruas do país para exigir a renúncia das autoridades locais após as investigações revelarem sobre a inadequação dos sistemas de segurança.

Durante mais de sete horas, a multidão entoou gritos de "assassinos", "nós queremos a verdade". Além disso, diversos manifestantes levaram para as ruas fotos das crianças mortas na tragédia, informou a imprensa local.

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