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Papa faz apelo por anistia a detentos em ano de Jubileu

9 mai 2024 - 14h54
(atualizado às 15h15)

O papa Francisco apelou nesta quinta-feira (9), na bula de proclamação do Jubileu 2025, a uma anistia para os presos, como "sinal de esperança" e anunciou seu desejo de abrir uma Porta Santa em uma penitenciária.

    "Proponho aos governos que, no Ano do Jubileu, tomem iniciativas que restaurem a esperança dos presos; formas de anistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis", escreveu o Pontífice.

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    No texto, intitulado "Spes non confundit" ("A esperança não desilude"), o líder da Igreja Católica alerta para as "condições difíceis" e o "vazio afetivo" nos quais vivem muitos reclusos e pede "respeito pelos direitos humanos e sobretudo a abolição da pena de morte, uma medida inadmissível para a fé cristã".

    "Para oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade, eu mesmo desejo abrir uma Porta Santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convide a olhar para o futuro com esperança e com renovado compromisso de vida", anunciou o argentino.

    Além disso, Jorge Bergoglio destina uma mensagem aos doentes e profissionais de saúde, considerando que o cuidado com que sofre "é um hino à dignidade humana, um canto de esperança que exige a sincronização de toda a sociedade".

    No texto, ele ainda pede para os jovens rejeitarem "a ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efêmero" e alerta para os "preconceitos e isolamentos" que atingem migrantes, refugiados, exilados e deslocados.

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    Francisco também expressa seu desejo de que cada comunidade cristã esteja "sempre pronta para defender os direitos dos mais fracos".

    Para ele, os idosos merecem "sinais de esperança", principalmente porque em "muitas vezes experimentam a solidão e o sentimento de abandono". "Valorizar o tesouro que eles são, a sua experiência de vida, a sabedoria que trazem consigo e a contribuição que podem dar, é um empenho da comunidade cristã e da sociedade civil, chamadas a trabalhar em conjunto em prol da aliança entre as gerações", acrescentou.

    Por fim, o Santo Padre criticou a "perda do desejo de transmitir a vida" ao destacar a necessidade urgente de combater a baixa taxa de natalidade.

    "Devido ao ritmo de vida frenético, aos receios quanto ao futuro, à falta de garantias de emprego e de proteção social adequada, de modelos sociais em que a procura do lucro em vez do cuidado com as relações dita a agenda, assistimos a vários países com uma situação preocupante de diminuição da natalidade", alerta.

    De acordo com o religioso, "é urgente que, além do compromisso legislativo dos Estados, não falte o apoio convicto das comunidades crentes e de toda a comunidade civil, porque o desejo dos jovens de gerar novos filhos e filhas, como fruto da fecundidade do seu amor, dá um futuro a cada sociedade e é uma questão de esperança: depende da esperança e gera esperança".

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    Francisco deixou claro que espera que se construa um "futuro marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, podem encher os demasiados berços vazios".

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