Otan precisa se concentrar em risco de ascensão da China, segundo relatório

30 nov 2020 - 12h39

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) precisa pensar melhor em como lidar com a China e sua ascensão militar, mas a Rússia continuará sendo sua maior adversária durante esta década, de acordo com um relatório sobre a reforma da aliança a ser publicado na terça-feira.

Logo da Otan na entrada do prédio da organização em Bruxelas
19/04/2018
REUTERS/Yves Herman
Logo da Otan na entrada do prédio da organização em Bruxelas 19/04/2018 REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

O relatório "Otan 2030", que contém 138 propostas feitas por um grupo de especialistas, chega em meio a dúvidas crescentes sobre o objetivo e a relevância de uma entidade que o presidente francês, Emmanuel Macron, descreveu no ano passado como vítima de "morte cerebral".

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"A China não é mais a parceira comercial benigna que o Oeste um dia desejou. É a potência emergente de nosso século, e a Otan precisa se adaptar", disse um diplomata da Otan que viu o relatório, apontando para a atividade chinesa no Ártico e na África e aos investimentos pesados da China em infraestrutura na Europa.

Parte da reação da Otan deveria ser manter um vantagem tecnológica sobre a China e proteger redes de computadores e infraestrutura, disse o diplomata citando o relatório - mas nem todas as recomendações serão adotadas.

A aliança de 30 membros também poderia forjar laços mais estreitos com países não filiados, como a Austrália, e se concentrar mais na dissuasão no espaço, onde a China está desenvolvendo recursos, sugere o relatório.

Em comentários feitos nesta segunda-feira, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a ascensão da China cria "desafios importantes para a nossa segurança".

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