Rússia, Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU) realizarão uma reunião trilateral em 14 de fevereiro em Genebra, na Suíça, como parte das negociações de paz entre o regime sírio e a oposição armada, anunciou nesta segunda-feira a chancelaria russa.
"A reunião, no formato Rússia-EUA-ONU, entre vice-ministros das Relações Exteriores, vai acontecer em 14 de fevereiro", disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo Mikhail Bogdanov à imprensa local.
A Rússia estará representada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Gennady Gatilov, os Estados Unidos pela subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Wendy Sherman, e a ONU pelo mediador para a Síria, Lakhdar Brahimi.
"Concordamos que a Rússia e os EUA exercerão um enérgico e contínuo controle do processo negociador", acrescentou.
Bogdanov se reuniu hoje em Moscou com o sírio Qadri Yamil, chefe da Frente Popular para a Mudança e a Libertação, e a Coalizão de Forças Pacíficas pela Mudança.
Na reunião, "destacou-se a necessidade de continuar ativamente os esforços apoiados pela Rússia para que a delegação da oposição em suas conversas com o governo da Síria seja mais representativa", disse o diplomata.
Na opinião da Rússia, a delegação opositora nas negociações de paz deve esta representada por todos os grupos da sociedade síria, como estipula a declaração de Genebra de junho de 2012.
A Rússia acusou hoje os rebeldes sírios de romper no fim de semana a trégua na cidade síria de Homs, nas vésperas do reatamento das negociações de paz em Genebra.
"Lamentamos que durante a operação humanitária tiveram lugar violações do cessar-fogo por parte dos guerrilheiros e, como resultado, morreram pelo menos cinco pessoas e 20 foram feridos", disse o porta-voz da chancelaria russa, Aleksandr Lukashevich.
A delegação da oposição síria nas negociações acusou hoje o governo de ser o único responsável pela ruptura da trégua humanitária de três dias em Homs.
A oposição pediu à Rússia que não vete o projeto de resolução que a França apresentará no Conselho de Segurança da ONU para abrir corredores humanitários na Síria, onde existem cerca de quarenta lugares com população civil que estão sob cerco militar.