ONU diz que facções rivais na Líbia concordaram em negociar

23 dez 2014 - 20h26

As Nações Unidas informaram o Conselho de Segurança nesta terça-feira que as facções rivais da Líbia concordaram "a princípio" a promover uma nova rodada de negociações de paz para terminar a crise política no início do novo ano. 

    A entidade havia planejado promover uma segunda rodada de negociações na semana passada para dar fim aos confrontos entre os dois governos e parlamentos rivais, mas uma escalada nas iniciativas militares acabou prejudicando os esforços. 

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    As novas conversas tem sido repetidamente adiadas devido a dificuldades para conseguir que as partes se encontrem. 

    O enviado especial da ONU Bernadino Leon informou o Conselho composto por 15 países por teleconferência. 

    "Ele (Leon) disse que tinha um acordo 'a princípio' de que as conversas começariam no dia 5 de janeiro", afirmou um diplomata que compareceu ao encontro de portas fechadas em condição de anonimato. "Ele também estabeleceu três questões-chave para a solução do problema: um governo de união nacional, estabilizar o país por meio do cessar-fogo de milícias e uma nova constituição." 

     O embaixador da ONU para o Chade, Mahamat Zene Charif, que preside o Conselho neste mês, confirmou a data de 5 de janeiro, acrescentando que os membros do Conselho expressaram suas preocupações sobre os conflitos e o fluxo de armas entrando na Líbia. 

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     Segundo Charif, Leon disse que as partes concordaram com as medidas sugeridas. Uma autoridade da ONU disse à Reuters que conseguir uma reunião entre as facções era como "reunir gatos fortemente armados". 

     A Líbia tem no momento dois governos e parlamentos disputando legitimidade desde que um grupo chamado Amanhecer da Líbia tomou a capital em agosto, instalando sua equipe e forçando o governo reconhecido internacionalmente do primeiro-ministro Abdullah al-Thinni para o leste do país.  

     As potências mundiais temem que o conflito na Líbia leve a uma guerra civil enquanto grupos rebeldes que lutaram para derrubar o ex-líder Muammar Gaddafi em 2011 disputam poder e partes das vastas reservas de petróleo do país. 

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