Serviços de inteligência e de polícia britânicos estão realizando uma varredura nas redes sociais em busca de pistas do jihadista, suspeito de ser britânico, que aparece em um vídeo aparentemente decapitando um jornalista americano.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) publicou as imagens de momentos antes e depois da suposta decapitação de James Foley.
Suspeita-se que o homem que aparece ao lado de Foley seja de Londres ou de outra cidade do sudeste da Inglaterra.
O jornalista, de 40 anos, está desaparecido desde que foi capturado na Síria em 2012.
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, afirmou que é "cada vez mais provável" que o homem supostamente envolvido na morte do americano seja britânico, mas acrescentou que a hora não é para "reações de reflexo".
Cameron, que interrompeu as férias na quarta-feira, deve voltar para a Cornualha, mas deve continuar a receber ligações e relatórios sobre a situação.
Publicidade
Lei de terrorismo
Nas últimas horas, o primeiro-ministro britânico participou de reuniões com outras autoridades.
A Polícia Metropolitana alertou que "assistir, baixar ou divulgar" o vídeo poderia ser considerado um crime, de acordo com as leis de terrorismo.
Nos Estados Unidos, autoridades admitiram que uma missão para resgatar James Foley e outros reféns americanos na Síria fracassou.
Segundo o analista de segurança da BBC Frank Gardner, acredita-se que o homem que aparece no vídeo tenha ido para a Síria há três anos.
Rumores dão conta de que ele faria parte de um pequeno grupo de britânicos destacado para vigiar os reféns.
O jornal The Guardian afirma que os serviços de inteligência trabalham com a possibilidade de o homem ser o líder de um grupo de militantes britânicos na Síria.
O diário diz ainda que o nome dele seria "John" e que ele seria de Londres.
O ex-diretor de contra-terrorismo global do MI6, o serviço de inteligência exterior britânico, Richard Barrett, afirmou em um programa de rádio da BBC acreditar que o homem possa ser localizado, mas que prevê "enormes problemas" em levá-lo à Justiça.
"Há ações que podem ser tomadas. Uma vez que ele tiver sido identificado, estas ações ficarçao bem mais claras", disse Barrett.
O vídeo em que Foley aparece foi entitulado "Uma Mensagem para a América" e mostra o jornalista vestindo um macacão laranja, ajoelhado em uma região aparentemente desértica, ao lado de um homem armado e vestido de preto.
O militante, que se identifica apenas como integrante do EI, diz que a morte do jornalista é uma retaliação aos ataques americanos contra o grupo no Iraque.
Publicidade
Logo após a sua fala, o homem parece começar a cortar o pescoço do refém, e a tela fica escura.
Quando a imagem volta, o corpo de Foley pode ser visto no chão.
1 de 19
13 de fevereiro de 2014 - Criança caminha em meio aos escombros de prédios danificados, em um local atingido por bombas de forças leais ao regime
Foto: Reuters
2 de 19
30 de janeiro de 2013 - Rebeldes sírios disparam granada-foguete contra posto de controle do Exército no bairro de Ain Tarma, na capital síria, Damasco
Foto: Goran Tomasevic
3 de 19
09 de março de 2014 - Ruas da província de Homs totalmente arruinadas pelos bombardeios do Exército sírio e de grupos rebeldes
Foto: Reuters
4 de 19
17 de junho de 2011 - Manifestantes marcham pelas ruas de Hama, em protesto contra o regime sírio
Foto: Ugarit News
5 de 19
26 de setembro de 2013 - Presidente Bashar al-Assad durante entrevista a um canal de TV venezuelano
Foto: Reuters
6 de 19
Crianças choram ao lado do corpo da mãe, vítima dos bombardeios de forças leais ao governo Assad
Foto: Reuters
7 de 19
21 de agosto de 2012 - Forças do governo sírio exibem armas enquanto seguram um cartaz do presidente, Bashar al-Assad, no distrito de Jdeideh, em Aleppo
Foto: AFP
8 de 19
Agosto de 2013 - Corpos de vítimas do ataque com gás de Sarin são dispostos em uma vala comum, nos arredores de Damasco
Foto: AFP
9 de 19
Sírios caminham por rua, que, segundo ativistas, foi alvo de bombardeios de forças leais ao presidente Bashar al-Assad
Foto: Reuters
10 de 19
26 de fevereiro de 2014 - Corpos de combatentes da oposição são dispostos no chão após emboscada do Exército na área de Eastern Ghouta, em Damasco
Foto: Reuters
11 de 19
19 de fevereiro de 2014 - Soldados das forças leais ao presidente participam de comício em apoio ao Exército e a Bashar al-Assad
Foto: Reuters
12 de 19
02 de março de 2014 - Crianças sírias em campo de refugiados na cidade de Kilis, perto da fronteira com a Turquia
Foto: Reuters
13 de 19
11 de março de 2014 - Combatentes do Exército Livre da Síria caminham por uma rua destruída pelos confrontos na cidade de Morek, província de Hama
Foto: Reuters
14 de 19
11 de março de 2014 - Soldado do Exército Livre da Síria posa para foto na cidade de Morek, em Hama
Foto: Reuters
15 de 19
18 de fevereiro de 2014 - Rebeldes posam para foto com suas armas em Deir-al-Zor, leste da Síria
Foto: Reuters
16 de 19
02 de março de 2014 - Crianças sírias refugiadas na fronteira da Síria com a Turquia
Foto: Reuters
17 de 19
07 de março de 2014 - Militar do Exército Livre da Síria preparado para o combate na montanha de Dourin, próximo à província de Latakia
Foto: Reuters
18 de 19
16 de fevereiro de 2014 - Recrutas participam de treinamento do Exército Livre da Síria, próximo à capital Damasco
Foto: Ammar al-Bushy
19 de 19
15 de fevereiro de 2014 - Criança refugiada brinca no campo Bab Al-Hawa, na fronteira da Síria coma Turquia
Foto: Reuters
BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.