Assassinatos de jornalistas na Síria mostram uma chocante nova tendência, diz relatório

16 dez 2014 - 09h32

A decapitação de jornalistas por militantes islâmicos na Síria nesta ano mostrou que repórteres enfrentam uma perigosa nova ameaça, disse a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras nesta terça-feira. 

Combatentes rebeldes caminham em torno da base al-Hamidyeh, na província de Idlib, na Síria. 15/12/2014.
Combatentes rebeldes caminham em torno da base al-Hamidyeh, na província de Idlib, na Síria. 15/12/2014.
Foto: Stringer / Reuters

Enquanto o número total de jornalistas mortos em todo o mundo caiu 7 por cento em 2013, para 66, a natureza de algumas das mortes foi uma grande preocupação, disse o grupo sediado em Paris em um relatório anual. 

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“A apuração do Repórteres Sem Fronteiras para 2014 ressalta uma evolução na natureza de violência contra jornalistas e a maneira na qual certos tipos, incluindo ameaças e decapitações cuidadosamente ensaiadas, estão sendo usadas por motivos muito claros”, disse o grupo.

“Raramente repórteres foram assassinados com um sentido tão bárbaro de propaganda, chocando o mundo inteiro."

O país mais mortal do mundo para jornalistas foi a Síria, onde 15 repórteres foram mortos, seguido de territórios palestinos, especialmente Gaza, e leste da Ucrânia, Iraque e Líbia. 

A China é o país onde mais jornalistas foram presos, seguida da Eritreia, do Irã, do Egito e da Síria, segundo o relatório. 

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O número de jornalistas sequestrados cresceu 37 por cento neste ano, para 119, dos quais 90 por cento eram repórteres locais, com a maioria dos casos acontecendo no Oriente Médio e no norte da África. 

Cerca de 40 jornalistas ainda são mantidos reféns em todo o mundo. 

Devido a “diversas formas de intimidação”, segundo o relatório, duas vezes mais jornalistas foram para o exílio nesta ano do que em 2013. 

(Por Astrid Wendlandt)

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