Uma mulher arriscou a vida e foi baleada para salvar uma menina de três anos durante um ataque a tiros na praia de Bondi, em Sydney, sendo considerada uma heroína pelos pais da criança.
Uma mulher protegeu uma menina de três anos com o próprio corpo durante um ataque a tiros na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, ocorrido no último domingo, 14.
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Em entrevista à imprensa local, os pais relataram que a criança dançava minutos antes do início do tiroteio, mas desapareceu em questão de segundos. Wayne e Vanessa, que têm três filhos, estavam separados e cada um cuidava de uma criança, enquanto Gigi, a mais nova, estava sozinha.
“Talvez um minuto depois a Vanessa ligou e perguntou: ‘Você está com a Gigi?’. E eu respondi que não estava. Ela também não estava, e foi aí que o pânico absoluto se instalou”, contou Wayne.
Vanessa disse que viveu momentos de horror enquanto procurava a filha. Ela presenciou um homem ser atingido na cabeça e também encontrou um policial ferido, que havia sido baleado. Segundo ela, tentou pegar a arma do agente para se proteger, mas foi impedida por outro policial.
“Um policial havia sido baleado na cabeça. Tentei pegar a arma dele para ajudar, mas outro policial pulou em cima de mim, dizendo: ‘Você não pode, vai levar um tiro.’ Tivemos que ficar abaixados e esperar”, contou.
Wayne estava com a filha Capri, de quatro anos. Ele relatou que ouviu um barulho e, inicialmente, pensou que se tratasse de fogos de artifício. Em seguida, percebeu que se tratava de um ataque e se escondeu debaixo de uma mesa com a criança.
“É difícil explicar o trauma. Não podíamos nos mover porque os tiros continuavam. Olhei para o campo e vi pessoas feridas, sangrando. Um minuto sem seu filho parece um dia inteiro. Eu só queria que minha filha estivesse segura”, relatou o pai.
Wayne afirmou que só saiu debaixo da mesa quando os disparos cessaram. “Corri para o campo e vi uma mulher deitada em cima dela, protegendo-a. Ela foi uma heroína. Perguntei: ‘Essa é sua filha?’. Ela estava assustada e coberta de sangue, mas não era dela, era de alguém próximo. Aquela mulher salvou a vida da minha filha.”