Kremlin diz que cessar-fogo só é possível após Kiev se retirar de Donbas, mas presença russa no local poderá ser limitada

12 dez 2025 - 09h01

O assessor de política externa do Kremlin, Yury Ushakov, disse na sexta-feira que um cessar-fogo na Ucrânia só é possível depois que as forças de Kiev se retirarem de toda a região de Donbas, com a área que elas controlam atualmente tomada pela Guarda Nacional Russa, informou o jornal russo Kommersant.

"Um cessar-fogo só pode ocorrer após a retirada das tropas ucranianas", disse Ushakov.

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"Se não por meio de negociação, mas por meios militares, esse território ficará sob o controle total da Federação Russa. Todo o resto dependerá inteiramente disso", acrescentou.

Atualmente, a Rússia controla toda a região de Luhansk e cerca de 80% da região de Donetsk, embora Kiev continue a controlar várias cidades grandes e fortificadas, incluindo Sloviansk e Kramatorsk.

De acordo com o Kommersant, Ushakov afirmou em uma entrevista que, sob um plano de paz, é possível que apenas a Guarda Nacional Rosgvardiya da Rússia seja enviada para as partes de Donbas que estão atualmente sob controle ucraniano. Ele disse que o Exército russo não estaria presente nessas áreas.

"É perfeitamente possível que não haja tropas lá, nem russas nem ucranianas. Mas haverá a guarda nacional russa, nossa polícia, tudo o que for necessário para manter a ordem e organizar a vida", declarou ele ao jornal.

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A Guarda Nacional da Rússia é uma força de estilo militar de tropas internas, com cerca de 400.000 homens. Eles foram enviados para a Ucrânia desde os estágios iniciais da guerra em 2022 e incluem algumas unidades da Chechênia que desempenharam um papel importante na campanha na Ucrânia.

Em 2023, a Rússia aprovou uma lei que permite que a Guarda Nacional adquira e use armamento pesado, incluindo tanques e artilharia.

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