Israel estuda 3ª dose de vacina da Pfizer para pessoas acima de 60 anos

26 jul 2021 - 14h32

Israel está considerando aplicar uma terceira dose da vacina da Pfizer e da BioNTech contra a Covid-19 para a população idosa, mesmo antes da aprovação da agência regulatória norte-americana FDA, a fim de ajudar a conter a variante Delta do coronavírus, disse uma autoridade de saúde nesta segunda-feira.

Doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19
23/07/2021
REUTERS/Sarah Meyssonnier
Doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 23/07/2021 REUTERS/Sarah Meyssonnier
Foto: Reuters

Autoridades dos EUA e da União Europeia estão atualmente avaliando se as doses de reforço são necessárias para grupos de risco específicos.

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"Este é o grande dilema. A decisão está com a gente, quando não temos o apoio do mundo. É uma decisão muito complexa", disse o diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, em uma conferência de saúde organizada pelo site de notícias Ynet.

"Por um lado, queremos ver se é seguro e eficaz e confiar em nossos dados para examinar se realmente há uma diminuição da imunidade e, por outro lado, há um surto e queremos interromper esse surto", acrescentou.

A Pfizer está buscando uma autorização de emergência nos Estados Unidos para uma terceira dose de sua vacina, que, segundo o laboratório, pode ajudar as pessoas a manter níveis mais altos de proteção. Israel começou a oferecer reforços para pessoas com imunidade comprometida neste mês, caso a caso.

"Esperamos publicar dados mais definitivos sobre nosso programa de reforço, e todos os dados acumulados serão compartilhados como parte das discussões em andamento com a FDA, EMA (agência europeia) e outras autoridades regulatórias nas próximas semanas", disse Jerica Pitts, porta-voz da Pfizer, em comunicado enviado por e-mail.

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Desde que a variante Delta começou a se espalhar em Israel em junho, o Ministério da Saúde relatou duas vezes uma queda na eficácia da vacina contra infecções e uma ligeira diminuição em sua proteção contra doenças graves.

Alguns especialistas criticaram a análise do ministério devido a um possível viés que poderia distorcer os dados. Na semana passada, estimou-se que a vacina foi apenas 41% eficaz no combate a infecções sintomáticas no último mês. A proteção contra doenças graves permaneceu forte em 91%.

"Eu estimo que esses dados sejam verdadeiros, podem ser mais ou menos", disse Ash. "Mas os sinais são, pelo menos aqui, que a imunidade está diminuindo."

Uma decisão deve ser tomada nas próximas semanas, disse Ash, e provavelmente afetará pessoas com 60 ou 70 anos ou mais -- o primeiro grupo de alto risco a receber a vacina quando Israel iniciou sua campanha de imunização em dezembro.

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