Guaidó vai liderar comboio até a fronteira da Colômbia para receber ajuda humanitária

21 fev 2019 - 12h12

Juan Guaidó, líder opositor da Venezuela, planeja seguir até a fronteira da Colômbia em um comboio de veículos para receber ajuda humanitária para sua nação em crise nesta quinta-feira, apesar da objeção do cada vez mais isolado presidente Nicolás Maduro.

Guaidó,  durante protesto em Caracas 20/2/2019 REUTERS/Andres Martinez Casares
Guaidó, durante protesto em Caracas 20/2/2019 REUTERS/Andres Martinez Casares
Foto: Reuters

Guaidó, reconhecido por dezenas de países como o chefe de Estado legítimo da Venezuela, disse que a oposição pretende recolher a ajuda por terra e mar no sábado para aliviar a escassez generalizada de alimentos e remédios.

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Ele fará a viagem de 800 quilômetros a partir de Caracas na companhia de cerca de 80 parlamentares do Congresso de maioria opositora, que ele lidera, disseram parlamentares da oposição.

Guaidó invocou a Constituição para assumir uma Presidência interina do país no dia 23 de janeiro.

"Por meio deste pedido de ajuda humanitária, a população se beneficiará da chegada destes produtos à fronteira venezuelana", disse o parlamentar opositor Edgar Zambrano enquanto esperava por vários ônibus com colegas em uma praça do leste de Caracas.

O governo Maduro nega existir uma crise econômica e informou que soldados continuarão posicionados nas fronteiras do país para evitar possíveis incursões.

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Maduro acusa o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que apoia o esforço de assistência, mas também impôs sanções prejudiciais contra seu governo, de tentar forçar a sua saída.

Ainda não está claro como Guaidó planeja receber a ajuda. Integrantes da oposição sugeriram a formação de correntes humanas através da fronteira colombiana para passar pacotes de pessoa a pessoa e frotas de barcos provenientes das Antilhas Holandesas.

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