GSK diz que teste mostra que coquetel de anticorpos funciona contra Ômicron

2 dez 2021 - 09h09

Análises de laboratório da terapia de anticorpos contra Covid-19 que a GlaxoSmithKline (GSK) está desenvolvendo com a parceira norte-americana Vir indicam que o remédio é eficaz contra a nova variante Ômicron do coronavírus, anunciou a farmacêutica britânica nesta quinta-feira.

Logo da farmacêutica GSK em Cingapura
21/03/2018 REUTERS/Loriene Perera
Logo da farmacêutica GSK em Cingapura 21/03/2018 REUTERS/Loriene Perera
Foto: Reuters

Um comunicado da GSK disse que testes laboratoriais e um estudo com hamsters demonstraram que o coquetel de anticorpos sotrovimab funciona contra vírus que foram criados com bioengenharia para transportar várias mutações características da Ômicron.

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Os testes continuam para confirmar os resultados contra todas as mutações da Ômicron e uma atualização é esperada até o final do ano, acrescentou o comunicado.

Os anticorpos são concebidos para se prenderem à proteína spike na superfície do coronavírus, mas se descobriu que a Ômicron tem uma quantidade anormalmente alta de mutações nesta proteína.

"O sotrovimab foi criado deliberadamente com um vírus mutante em mente", disse o presidente-executivo da Vir, George Scangos, acrescentando que o medicamento está visando uma região da proteína spike que muito dificilmente passa por mutações.

Separadamente, a agência regulatória de medicamentos do Reino Unido aprovou nesta quinta-feira o sotrovimab, também conhecido pelo nome comercial Xevudy, para pessoas com casos de Covid-19 entre brandos e moderados que correm risco alto de desenvolver uma doença grave.

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A Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) recomendou o uso do Xevudy o mais cedo possível e até cinco dias após o surgimento de sintomas.

O sotrovimab se baseia em anticorpos monoclonais, que são versões de laboratório dos anticorpos naturais que o corpo cria para combater infecções. Produtos semelhantes são oferecidos ou estão sendo desenvolvidos pela Eli Lilly, a Regeneron e a AstraZeneca.

Na terça-feira, a Regeneron disse que testes de laboratório e modelos de computador levam a crer que remédios de anticorpos contra Covid-19, incluindo o seu, teriam uma eficácia reduzida contra a variante Ômicron.

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