Rússia detém suposto agente da CIA em Moscou

14 mai 2013 - 08h46
(atualizado às 18h23)
O agente, identificado como Ryan C. Fogle, que, segundo as autoridades russas, trabalhava incógnito em seu posto de terceiro secretário da embaixada
O agente, identificado como Ryan C. Fogle, que, segundo as autoridades russas, trabalhava incógnito em seu posto de terceiro secretário da embaixada
Foto: AP

Os serviços secretos russos detiveram um suposto agente americano da CIA e o entregaram à embaixada de Washington em Moscou, informou nesta terça-feira o Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB, ex-KGB), citado por agências locais.

O agente, identificado como Ryan C. Fogle, que, segundo as autoridades russas trabalhava incógnito em seu posto de terceiro secretário da embaixada, carregava quando foi detido na segunda-feira "material técnico e instruções escritas para recrutar um cidadão russo", segundo as agências. Ele também transportava "uma grande soma de dinheiro e material para mudar a aparência de uma pessoa".

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Segundo o FSB, "os serviços de inteligência dos Estados Unidos tentaram em várias ocasiões recrutar integrantes das forças de segurança e dos serviços especiais russos". "Os serviços de inteligência dos Estados Unidos tentaram em várias ocasiões recrutar integrantes das forças de segurança e dos serviços especiais russos", acrescentou.

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Fotos publicadas pela televisão pública russa em inglês mostram um documento intitulado "instruções impressas para os cidadãos russos que forem recrutados". "Estimado Amigo: Isto é um adiantamento de alguém que está impressionado por seu profissionalismo e que valorizaria muito que você cooperasse conosco no futuro", indica o suposto documento utilizado por Fogle.

Segundo este documento, o governo americano estaria disposto a pagar US$ 100 mil no ato. "Além disso, oferecemos até um milhão por ano por cooperação no longo prazo", afirma.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador dos Estados Unidos, Michael McFaul, após a detenção do funcionário. Uma porta-voz do ministro disse que McFaul, um ex-assessor do presidente Barack Obama, foi chamado ao ministério, sem dar mais detalhes.

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O incidente ocorre no âmbito de tensões entre os dois países pela guerra civil na Síria e pelas denúncias dos Estados Unidos, que condenam a repressão das vozes dissidentes do governo do presidente Vladimir Putin.

Com informações adicionais da Reuters

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