Número de mortos em manifestações em Kiev chega a 75 em dois dias

Pelo menos 363 pessoas foram hospitalizadas, segundo os dados atualizados das autoridades sanitárias do país

20 fev 2014 - 18h20
(atualizado às 18h28)
Vista geral da Praça da Independência, principal local dos protestos em Kiev
Vista geral da Praça da Independência, principal local dos protestos em Kiev
Foto: Reuters

O número de mortes na violência em Kiev subiu para 75 desde terça-feira, anunciou nesta quinta, 20, o Ministério da Saúde da Ucrânia em um comunicado. O registro anterior indicava 67 mortos desde terça. Além disso, desde a manhã desta quinta-feira, "76 pessoas foram hospitalizadas em estado grave", acrescentou o ministério.

Os partidos da oposição, por sua parte, situam em quase 100 o número de mortos apenas nesta quinta-feira. Pelo menos 363 pessoas foram hospitalizadas, segundo os dados atualizados das autoridades sanitárias do país.

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Protestos sangrentos

Novos confrontos ocorreram em Kiev nesta quinta-feira, quebrando a trégua declarada por Yanukovich, ao mesmo tempo que o presidente apoiado pela Rússia se reuniu com ministros europeus que pediram um acordo com os opositores pró-União Europeia (UE).

Um fotógrafo da Reuters viu corpos de mais de 20 civis mortos na Praça da Independência, a algumas centenas de metros de onde o presidente se encontrou com os representantes da UE, depois que manifestantes que ocupam a praça há quase três meses jogaram coquetéis molotov e pedras para expulsar a polícia de choque do local.

Sanções

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Os chanceleres da União Europeia concordaram em impor sanções contra a Ucrânia, incluindo a proibição de vistos, congelamento de bens e restrições sobre a exportação de equipamentos antimotim, disseram ministros e autoridades.

Imagens mostram cena de terror nas ruas de Kiev
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As restrições, que serão transformadas em lei nos próximos dias, serão aplicadas a todos os considerados responsáveis por ordenar ou promover a violência em Kiev, que deixou cerca de 60 mortos. As propostas para a proibição de exportação de armas foram derrubadas.

"A UE decide como questão de urgência o congelamento de bens e a proibição de vistos aos responsáveis pela violência e emprego da força excessiva em Kiev", disse o ministro das Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, em mensagem no Twitter.

Obama, Merkel e Putin entram em cena

O presidente do EUA, Barack Obama, e a chefe do governo alemão, Angela Merkel, conversaram por telefone nesta quinta-feira, para discutir a escalada de violência que matou dezenas na Ucrânia e solicitaram sanções pela União Europeia (UE).

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“Eles concordaram ser essencial que Estados Unidos, Alemanha e a EU continuem em sintonia nos próximos dias para que juntos possamos ajudar a encerrar a violência e a encontrar uma solução política que seja do interesse da população ucraniana”, declarou a Casa Branca.

O presidente russo, Vladimir Putin, conversou nesta quinta-feira por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e todos expressaram "extrema preocupação" com a violência letal na Ucrânia, informou o Kremlin.

"Vladimir Putin ressaltou a importância crucial de um fim imediato do derramamento de sangue, a necessidade de tomar medidas urgentes para estabilizar a situação e reprimir extremistas e ataques terroristas", afirmou o Kremlin em um comunicado em seu site.

Com informações da EFE

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