O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, fez nesta quinta-feira uma visita surpresa aos militares do seu país que combatem rebeldes islâmicos no montanhoso norte do Mali e disse que a missão deles só irá terminar quando a segurança estiver restaurada no país africano.
Após passar em revista às tropas nos arredores da remota serra de Adrar des Ifoghas, Le Drian afirmou a uma TV francesa que o objetivo da França é "restabelecer a segurança em todo o território do Mali".
"Depois disso, progressivamente, vamos transferir a uma missão africana sob mandato da ONU", disse ele. "Vim saudar nossas forças, (e dizer) que a França está orgulhosa das suas tropas e orgulhosa do profissionalismo da operação e da forma como ela está funcionando."
A França dizia que a captura de todo o norte do Mali por rebeldes ligados à Al-Qaeda, em abril de 2012, representava um risco para a segurança da Europa e da África Ocidental. Por isso, Paris lançou em 11 de janeiro uma operação aérea e terrestre para conter o avanço dos rebeldes para o sul. Numa fase posterior, a operação militar expulsou os insurgentes das principais cidades do norte malinês.
Na quarta-feira, o governo francês disse que a desocupação vai começar em abril, um mês depois da previsão anterior.
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Palco de disputas políticas entre o governo e rebeldes islâmicos há quase um ano, o Mali é uma jovem república que declarou independência da França em 1960. Curiosamente, a ex-colônia pediu socorro aos colonizadores em janeiro deste ano para conter o avanço dos rebeldes, que dominavam boa parte do norte do país e avançavam em direção à capital, Bamaco. Imagens da agência AFP mostram como era a vida no Mali na década de 50, anos antes da independência. Na foto, malineses realizam o processo de tratamento de cereais, base da alimentação desse país que está entre os mais pobres do mundo, em uma vila perto da capital
Foto: AFP
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A geografia do país, cujo mapa se parece com uma ampulheta, reforça a divisão entre o norte desértico e o sul urbanizado. Esta outra imagem, também de 1951, mostra malineses às margens do rio Níger, vital para a economia do país e que passa pela província de Gao, no norte, e corta o sul do país, banhando inclusive a capital
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Durante um show de dança, mulheres malinesas divulgam as tradições musicais do país
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A música do Mali é diversificada e possui diferentes gêneros, mas todas têm a função é transmitir a história do país
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Homens executam uma dança tradicional do país em 1951
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O clima desértico afeta boa parte do país principalmente o norte e a água para a sobrevivência era retirada de poços artesianos, como mostra a foto
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Uma família transporta mercadorias na cabeça em uma vila perto de Bamaco
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Outra foto de 1951 mostra uma malinesa conversando com um visitante europeu
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Jovens participam de um baile de estudantes em Bamaco
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O mercado de Bamaco, há mais de 60 anos é o principal ponto de comércio de produtos básicos na capital do Mali
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Transportando uma onça, europeus chamam a atenção dos frequentadores do mercado de Bamaco em 51
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Uma comitiva de militares estrangeiros passa em frente a uma tradicional escola técnica de Bamaco
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