Três ativistas pró-Israel e um pró-Palestina foram presos após uma briga no sábado (8), durante a libertação dos suspeitos que interromperam um concerto da Orquestra Filarmônica de Israel em Paris, informou a AFP neste domingo (9), citando uma fonte policial.
Na quinta-feira (6), durante uma apresentação dos músicos israelenses na sede da Filarmônica de Paris, espectadores com ingressos tentaram interromper o concerto, usando sinalizadores de fumaça em duas ocasiões.
Quatro pessoas foram detidas naquela noite: três por participarem de um grupo com a intenção de cometer violência ou vandalismo, e uma por organizar uma manifestação não declarada.
Na ocasião, o ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, declarou: "Não há justificativa para colocar em risco a vida do público".
Na tarde de sábado, um grupo pró-Palestina se reuniu em apoio aos detidos em frente à delegacia do 19º distrito de Paris, onde os quatro detidos estavam sendo interrogados, antes de serem levados ao tribunal, segundo a fonte policial.
Os três homens e a mulher sob custódia policial desde a noite de quinta-feira foram apresentados perante um juiz de instrução, neste domingo, para a formalização das acusações e abertura de um inquérito policial, confirmou a Procuradoria de Paris à AFP.
Um grupo pró-Israel apareceu para apoiá-los e uma briga começou. A polícia interveio para separar os manifestantes; três pessoas ficaram feridas.
Três ativistas pró-Israel foram presos por "desacato e violência contra um funcionário público" e levados sob custódia. Outro, pró-Palestina, foi preso posteriormente, após fazer comentários antissemitas.
"Uma pessoa acaba de ser formalmente acusada e colocada sob supervisão judicial. O processo está em andamento para os demais envolvidos", acrescentou a Procuradoria.
A interrupção do concerto da Filarmônica de Israel, na quinta-feira, foi criticada pela ministra da Cultura da França. "A violência não tem lugar em uma sala de concertos", declarou Rachida Dati, enfatizando que "a liberdade de programação e expressão artística é um direito fundamental da República".
Com AFP