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Coreia do Norte busca "desnuclearização completa", diz líder

19 abr 2018 - 08h03
(atualizado às 10h52)

A Coreia do Norte expressou compromisso com a "desnuclearização completa" da península coreana e não está impondo condições, disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, nesta quinta-feira.

Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in 23/03/2018 REUTERS/Kham/Pool
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in 23/03/2018 REUTERS/Kham/Pool
Foto: Reuters

Moon disse que acordos abrangentes de desnuclearização, o estabelecimento de um regime de paz e a normalização das relações entre as duas Coreais e os EUA não deveriam ser difíceis de alcançar por meio de cúpulas intercoreanas e entre Pyongyang e Washington.

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"Não acho que a desnuclearização tenha significados diferentes para a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. O Norte está expressando o desejo de uma desnuclearização completa", disse Moon durante um almoço com grandes executivos de veículos de mídia coreanos.

"Eles não atrelaram nenhuma condição que os EUA não possam aceitar, como a retirada de tropas americanas da Coreia do Sul. Eles só estão falando do fim das políticas hostis à Coreia do Norte, seguido por uma garantia de segurança".

A Coreia do Norte defendeu seus programas nuclear e de mísseis, que desenvolve em desafio a resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como um meio de dissuasão necessário contra o que vê como uma hostilidade norte-americana. Os EUA têm 28.500 soldados na Coreia do Sul, um legado da Guerra da Coreia de 1950-53.

Pyongyang vem dizendo há anos que poderia cogitar abdicar de seu arsenal nuclear se os EUA retirassem suas tropas da Coreia do Sul e desativassem seu chamado guarda-chuva nuclear de dissuasão de seu vizinho do sul e do Japão.

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Na quarta-feira, Seul anunciou que está estudando como transformar um armistício de décadas com a Coreia do Norte em um acordo de paz enquanto se prepara para uma cúpula entre as duas Coreais neste mês.

A reclusa Coreia do Norte e a rica e democrática Coreia do Sul ainda estão tecnicamente em guerra porque o conflito de 1950-53 terminou em uma trégua, não um tratado de paz.

Moon disse ver a possibilidade de um acordo de paz, ou até de ajuda internacional para a economia da Coreia do Norte, se esta se desnuclearizar.

Mas ele também disse que a cúpula intercoreana tem "muitos entraves", já que as duas Coreias não podem avançar sem a cúpula entre Pyongyang e Washington nem chegar a um acordo que transcenda as sanções internacionais.

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