Turista brasileira que perdeu um braço e uma perna em acidente no metrô de Nova York em 2016 receberá indenização de cerca de R$ 440 milhões, decisão da Justiça dos EUA que ainda será contestada pela MTA.
A Justiça dos Estados Unidos condenou a Autoridade Metropolitana de Transporte de Nova York (MTA) a pagar US$ 81,7 milhões (cerca de R$ 436,2 milhões, pela cotação atual) em indenizações a uma turista brasileira que perdeu um braço e uma perna em um acidente no metrô da cidade. A companhia de transporte afirmou que vai recorrer.
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O acidente ocorreu em agosto de 2016, mas a decisão só foi publicada na última semana, segundo informações do New York Post. De acordo com o jornal, Luísa Janssen Harger da Silva estava em uma plataforma da estação Atlantic Avenue, acompanhada do namorado, quando desmaiou e caiu nos trilhos. Ela foi atropelada e perdeu o braço e a perna esquerda.
Na época, a vítima ficou hospitalizada por quase um mês e passou por várias cirurgias e enxertos de pele. O processo contra a MTA foi aberto no ano seguinte, alegando, com base em casos semelhantes dos últimos 15 anos, que “era uma certeza moral que pessoas inocentes, como a autora da ação, cairiam nos trilhos, caso as autoridades não tomassem medidas para instalar dispositivos de segurança nas bordas das plataformas”.
Os advogados da brasileira também apontaram que a omissão diante de um perigo conhecido e evitável “é a definição de negligência”. Na decisão, o Tribunal Federal do Brooklyn concordou com a defesa, concluindo que a MTA não levou a sério as quedas de pessoas nos trilhos e que o caso poderia ter sido evitado.
O representante da companhia afirmou que a MTA discorda do veredicto e vai recorrer. Entre os argumentos, destacou que 109 estações já contam com algum tipo de barreira de proteção nas plataformas e que, em boa parte das estações, portas de plataforma não funcionariam por “razões de viabilidade física e acessibilidade”.