Bombardeios de forças pró-Kadafi matam 6 pessoas em Misrata
17 abr2011 - 08h07
(atualizado às 09h00)
Pelo menos seis pessoas morreram e outras 47 ficaram feridas nos bombardeios das últimas horas realizados pelas forças leais ao líder líbio Muammar Kadafi contra a cidade de Misrata, informou neste domingo a rede de televisão Al Jazeera.
A emissora catariana, que cita como fonte um porta-voz dos rebeldes líbios, indicou que as forças de Kadafi lançaram mísseis Grad e usaram artilharia pesada, causando graves danos em algumas áreas residenciais e industriais de Misrata.
A cidade, a terceira mais importante do país e sitiada pelas forças de Kadafi há quase dois meses, está há três dias consecutivos submetida a um intenso bombardeio, que já causou dezenas de mortes A Al Jazeera divulgou imagens de civis chorando em frente aos corpos de seus amigos e parentes, envolvidos em lençois ou cobertores.
Desde quinta-feira passada, cerca de 60 pessoas morreram, entre elas cinco cidadãos egípcios, e dezenas ficaram feridas nesses ataques das tropas do regime.
Moradores da cidade disseram neste sábado que as forças de Kadafi costumam realizar seus ataques no início da manhã e no início da noite, ocultando-se durante o resto do dia para evitar as bombas dos aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os líderes da revolução advertiram à comunidade internacional que a cidade vai viver "um verdadeira massacre" caso as forças da Otan não atuem com maior força. Os rebeldes também acusaram o governo de Trípoli de usar bombas de fragmentação em seus ataques, algo que o regime de Kadafi desmentiu.
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Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidadesestratégicas.
A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.
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Veículos de forças leais a Kadafi explodem após ataque aéreo das forças de coalizão, em estrada entre Benghazi e Ajdabiyah
Foto: Reuters
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Avião líbio cai em Benghazi após ser abatido em ataques aéreos, em 19 de março, no sul da cidade
Foto: AFP
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Rebelde líbia atira para o alto ao ser informada sobre a retirada das forças de Muammar Kadafi de Benghazi, no dia 19 de março
Foto: Reuters
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Rebelde mostra granadas de mão encontradas com combatentes leais ao Muammar Kadafi que foram mortos em Benghazi, no dia 19 de março
Foto: Reuters
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Líbios choram durante enterro de vítimas de ataques aéreos realizados pelas forças da coalizão, em Trípoli
Foto: Reuters
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Tanque das forças leais a Muammar Kadafi são atingidos por ataque aéreo das forças da coalizão, em estrada entre Benghazi e Ajdabiyah, no dia 20 de março
Foto: Reuters
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Rebelde faz sinal de paz em frente a veículo em chamas das forças de Kadafi em estrada que leva a Benghazi, no dia 20 de março
Foto: Reuters
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Rebeldes se manifestam após ataques de aviões da coalizão contra veículos de Kadafi, no dia 20 de março
Foto: Reuters
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Homem acompanha destruição de veículos e armas que pertenciam às forças leias ao ditador líbio Muammar Kadafi
Foto: Reuters
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Moradores comemoram em cima de um tanque destruído das forças leais a Kadafi em missão classificada pela Liga Árabe como "bombardeio de civis"
Foto: Reuters
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Combatente rebelde vê veículos de Kadafi em chamas depois de bombardeio da coalizão, liderada pelos Estados Unidos
Foto: Reuters
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Instalações do Exército líbio foram bombardeadas durante terceiro dia consecutivo de ataques aéreos da coalizão, na capital Trípoli
Foto: EFE
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Incêndio atinge tanque de combustível em usina de geração de energia, na cidade de Ajdabiya
Foto: AP
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Soldados do exército líbio caminham sobre as ruínas de prédio que, segundo Kadafi, foi destruído por missil ocidental, em Trípoli
Foto: Reuters
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Líbio chora ao acompanhar enterro de vítimas dos ataques aéreos da coalizão, no local conhecido como cemitério dos mártires, em Trípoli
Foto: Reuters
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Chamas consomem veículo de forças leais a Muammar Kadafi em bombardeio aéreo na estrada que liga Benghazi a Ajdabiyah
Foto: Reuters
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Rebelde Líbio sorri ao observar veículos militares das de Kadafi atingidos por aviões de guerra franceses, no dia 20 de março
Foto: AFP
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Opositores de Kadafi observam prejuízos provocados às forças leais ao ditador durante ataque militar francês
Foto: Reuters
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Após tiroteio no centro da cidade de Benghazi, rebeldes apontam armas contra veículo que passava por posto de controle
Foto: Reuters
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No chamado cemitério dos mártires, em Trípoli, líbios participam de funeral das vítimas de ataques aéreos realizados pelas forças da coalizão
Foto: Reuters
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Mulheres se reúnem durante funeral em massa de mortos nos bombardeios da coalizão, em Trípoli
Foto: AP
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Em foto tirada por autoridades líbias, jovens demonstram apoio a Muammar Kadafi enquanto esperam chegada de corpos de mortos em ataques aéreos da coalizão
Foto: AP
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Líbios rezam em frente a caixões de supostas vítimas dos bombardeios da coalizão que atingiram Trípoli, no dia 24 de março
Foto: EFE
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Caças franceses Rafale são preparados para atuar na Líbia, no porta-aviões Charles De Gaulle