Pelo menos 115 crianças morreram em um mês de conflito armado no Iêmen enquanto outros 172 sofreram amputações, disse nesta sexta-feira a Unicef, a agência da ONU especializada na proteção infantil.
Trata-se das vítimas registradas desde 26 de março, quando começaram os bombardeios sobre o Iêmen de uma coalizão militar árabe, liderada pela Arábia Saudita, contra os rebeldes houthis.
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A Unicef esclareceu que os números citados são "conservadores" e que, entre as vítimas mortais, 64 crianças morreram por bombardeios aéreos, 26 por destroços de artefatos explosivos e minas, e 19 por tiroteios.
"Há centenas de milhares de crianças no Iêmen que vivem em circunstâncias mais perigosas, muitas despertando no meio da noite com o som de bombas e tiroteios", indicou o representante da Unicef no Iêmen, Julien Harneis, em comunicado.
Além disso, no último mês pelo menos 140 crianças foram recrutadas por grupos armados nesse país, 23 hospitais foram atacados e 30 escolas ficaram danificados ou foram ocupadas.
"Quando o conflito entra em sua quinta semana, as crianças seguem sendo os mais vulneráveis. São necessárias medidas urgentes para terminar com as graves violações contra si", apontou o porta-voz da Unicef em Genebra, Christophe Boulierac.
Boulierac acrescentou que "todas as partes devem conter os ataques contra infraestruturas civis, incluídas instalações médicas e educativas".