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Ativistas protestam contra festival de carne de cachorro

Evento anual, que abate cerca de 10 mil cães, acontece nos dias 21 e 22 de junho em Yulin, na China

17 jun 2015 - 18h22
(atualizado às 18h23)
Foto: Independent / Reprodução

O chamado festival anual de carne de cachorro em Yulin, na China, acontece apenas nos dias 21 e 22 de junho, mas já é alvo de ampla condenação internacional. Uma campanha nas mídias cosiais decolou nas últimas semanas. No Twitter, a hashtag #stopyulin2015 foi usada centenas de milhares de vezes este ano. No Facebook, o grupo "Stop Yulin Dog & Cat Meat Festival 2015" já recebeu mais de 17 mil curtidas. Uma petição contra o evento, criada pelo grupo de direitos dos animais Duo Duo atraiu mais de 200 assinaturas, de acordo com o jornal The Independent.

No entanto, a pressão que essas campanhas exercem sobre as autoridades chinesas além de ínfima, é limitada, tanta pela atitude de desprezo do governo chinês em relação à opinião externa, quanto pelo fato de Facebook e Twitter serem bloqueados no país. Além disso, há forte manifestação de internautas chineses contários à reação dos estrangeiros.

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"Comer carne de cachorro é um costume que pertence a algumas pessoas, assim como membros do grupo étnico islâmico Hui tem o costume de não comer porco", escreveu um internauta."Eles não protestam contra nosso hábito de comer carne de porco, por exemplo. Devíamos nos respeitar, uns aos outros. Se você não quer comer algo, não coma", completou.

Outro internauta escreveu: "Vamos todos protestar contra o costume natalino de comer peru!"

Tradicionalmente, cerca de 10 mil cães, e mais recentemente, gatos, são abatidos para o consumo durante o evento, que passou a ser celebrado em Yulin na década de 1990, embora se acredite que o consumo de cães na China seja um hábito cultuado há milhões de anos. Na área rural, ao sul do país, carne de cachorro é consumida, principalmente, pelas gerações mais antigas.

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Como a indústria, em grande parte, não é regulamentada, a quantidade exata de carne de cachorro consumida na China é incerta. No entanto, a ONG Animals Asia, de Hong Kong, afirma em um relatório, escrito com base em uma investigação que durou quatro anos, que até 10 milhões de cães são abatidos para o consumo todos os anos. 

Nos últimos anos, os protestos dentro da China contra a tradição do consumo de carne de cachorro têm sido alimentados mais por campanhas em chinês do que por mídias sociais internacionais. Cerca de 350 mil pessoas já participaram de algum fórum online sobre o festival em Weibo, versão chinesa do Twitter. A discussão apresenta argumentos tanto de pessoas que são contra, quanto de pessoas que são a favor do consumo de carne de cachorro, e tem despertado a manifestação de vários ativistas por toda a China. 

Em 2011, um campanha parecida, feita nas redes sociais, contribuiu para que um festival semelhante, de cerca de 600 anos de existência, fosse banido em Jinhua, na província de Zheijang. Em junho passado, houve confrontos entre manifestantes e vendedores em Yulin, e muitos proprietários de restaurantes retiraram a  carne de cachorro de seus menus. Ainda em 2014, alguns estabelecimentos de Yulin substituíram a carne de cão pela carne de burro.

Fiscais de controle de qualidade da cidade, alertaram o público a não comer carne de cachorro. Eles alegam que muitos cães vendidos para o abate são cães domésticos roubados, e muitos vendedores não têm, poranto, licença da indústria de alimentos para trabalhar. 

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Seja como for, ativistas creem que o festival de Yulin deve continuar a ser realizado nos próximos cinco anos, antes de ser banido. Até lá ativistas e vendedores prometem protagonizar uma boa briga entorno do abate de cães para o consumo.

Fonte: Terra
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