WikiLeaks: Bolívia nega acordo com Irã para explorar urânio
3 dez2010 - 07h24
(atualizado às 08h17)
O governo boliviano negou nesta quinta-feira acordos com o Irã para a exploração de urânio no país sul-americano, ante novas revelações do site WikiLeaks de relatórios americanos sobre os vínculos entre La Paz e Teerã.
"Não há nada, vocês sabem que o presidente (Morales), com a ministra de Planejamento, viajou há dois meses, mas como disse a informação oficial, não há absolutamente nada sobre isso", afirmou o porta-voz governamental Iván Canelas, consultado sobre o suposto interesse iraniano pelo urânio da Bolívia.
O presidente e sua ministra da Planejamento, Viviana Caro, estiveram em outubro passado no Irã, onde foram discutidos "outros assuntos de cooperação mútua entre os dois países", explicou Canelas, que garantiu que o tema do estratégico minério não fez parte da agenda.
No entanto, o relatório divulgado pelo WikiLeaks (uma correspondência da embaixada dos Estados Unidos no Peru ao Departamento de Estado) é de agosto de 2009 e, portanto, não se refere a esta visita.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
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O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
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Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
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Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
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O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
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O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco
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