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Raúl Castro confirma "total disposição" a construir nova relação com os EUA

18 dez 2015 - 19h19

O presidente de Cuba, Raúl Castro, confirmou nesta sexta-feira a "total disposição" de seu governo a continuar construindo com os Estados Unidos uma "nova relação que seja distinta à toda sua história precedente", mas insistiu que a vigência do embargo é o "principal obstáculo" para a normalização.

O presidente cubano leu uma declaração, transmitida no noticiário da televisão estatal, na qual fez um balanço do primeiro ano do restabelecimento de relações com os EUA, um dia depois desse aniversário.

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Em 12 meses de "diálogo profissional e respeitoso" se obtiveram "resultados no plano político, diplomático e de cooperação", como a abertura de embaixadas e as duas reuniões entre ambos presidentes, mas "não se avançou em temas que para Cuba são essenciais", como o fim do embargo, disse Castro.

"Essa política segue em vigor. Se mantém a perseguição financeira às transações legítimas de Cuba e os efeitos extraterritoriais do bloqueio, o que provoca danos e privações a nosso povo e é o obstáculo principal para o desenvolvimento da economia cubana", acrescentou o presidente cubano.

Nesse sentido declarou que, embora tenha pedido ao Congresso o fim do embargo e tenha suspendido algumas restrições, o presidente Barack Obama dispõe de prerrogativas executivas para adotar novas medidas que "modifiquem substancialmente a aplicação do bloqueio".

Castro lembrou as outras reivindicações de Cuba para a normalização, como a devolução dos territórios ocupados pela base naval de Guantánamo e o fim dos programas encaminhados a promover mudanças na ilha e das políticas migratórias que dão um tratamento preferencial aos cubanos.

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Cuba responsabiliza essas medidas, como a Lei de Ajuste, a política pés secos/pés molhados e o programa Parole para médicos, pela situação dos mais de 6.000 emigrantes cubanos presos em diversos pontos da América Central, em sua tentativa de chegar à fronteira com os EUA.

"Estimulam uma emigração ilegal, insegura, desordenada e irregular, promovem o tráfico de pessoas e outros delitos conexos, e geram problemas a outros países", criticou Castro.

O presidente cubano, que assumiu o poder em 2006 por causa da saúde debilitada de seu irmão Fidel, reiterou que, apesar da normalização das relações com os EUA, Cuba "não renunciará aos princípios e ideais pelos quais tantos cubanos lutaram pelo último meio século".

"Cuba, em pleno exercício de sua soberania e com o apoio majoritário de seu povo, seguirá imersa no processo de transformações para atualizar seu modelo econômico e social (..) para aumentar o bem-estar da população e fortalecer as conquistas da Revolução Socialista", concluiu.

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