Jornalista que revelou morte de Nisman se refugia em Israel

Antes de deixar a Argentina, Damian Ezequiel Pachter disse que se sentia ameaçado no país

25 jan 2015 - 17h47
(atualizado às 18h31)

O jornalista Damian Ezequiel Pachter, que denunciou a morte do promotor Alberto Nisman, publicou neste domingo em seu Twitter que está a salvo em Tel-Aviv. “Obrigado a todos. Em breve nos falamos. Dami”, escreveu.

El periodista argentino Damian Pachter, del Buenos Aires Herald, en el Aeroparque Metropolitano Jorge Newbery, Buenos Aires, 24 ene, 2015. El primer periodista que informó sobre la muerte del fiscal que había hecho una grave acusación contra la presidenta Cristina Fernández dijo el sábado que dejó el país porque temía por su vida.
El periodista argentino Damian Pachter, del Buenos Aires Herald, en el Aeroparque Metropolitano Jorge Newbery, Buenos Aires, 24 ene, 2015. El primer periodista que informó sobre la muerte del fiscal que había hecho una grave acusación contra la presidenta Cristina Fernández dijo el sábado que dejó el país porque temía por su vida.
Foto: Adrian Bono / Reuters

Pachter deixou a Argentina no sábado e teria passado por Montevidéu, no Uruguai, em voo da Aerolíneas Argentinas, antes de chegar a Israel. O argentino, que também é cidadão israelense, afirmou, antes de desaparecer, que estava deixando o país porque se sentia ameaçado.

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Também no sábado, o jornalista, que trabalha no site do jornal Buenos Aires Herald, parou de se comunicar com os chefes. Com isso, a empresa emitiu comunicado intitulado "Informações sobre Damian Pachter", por meio do qual declara que, sem aviso prévio, o funcionário não compareceu para trabalhar.

"Nesta situação, o chefe de conteúdo digital fez contato com o jornalista, que lhe informou que visitaria um médico, pois não passava bem”, revelou a empresa. Tempos depois, o editor tentou novamente se comunicar para saber como ele estava. Por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp Damian, respondeu que estava bem e que o celular tinha ficado sem bateria.

Novas tentativas foram feitas neste domingo por telefone, mensagem de texto e WhatsApp. Elas ficaram sem respostas.

Sobre a morte

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O procurador argentino Alberto Nisman foi encontrado morto há uma semana em Buenos Aires. Ele acusou a presidenta Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman de cobertura à participação do Irã em atentado contra um centro judaico, em 1994, quando um carro-bomba explodiu na porta da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), destruindo o prédio, no centro de Buenos Aires, e matando 85 pessoas.

Encarregado de investigar o caso, Nisman acusou Cristina e Timerman de negociar com o Irã um plano de impunidade para encobrir os acusados em troca de acordos comerciais. Entre os suspeitos estão altos funcionários do governo iraniano, com pedido de captura pela Interpol.

O corpo foi encontrado pela mãe do procurador no banheiro do apartamento, no bairro de Puerto Madero, com um revólver calibre 22. A causa e as circunstâncias da morte estão sendo investigadas.

Alberto Nisman deveria se apresentar dia 19 no Congresso argentino, para explicar a denúncia contra a presidenta. A reunião foi convocada pela oposição.

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Com informações da agência Télam                        

Agência Brasil
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