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Cristina Kirchner é denunciada por "abuso de autoridade"

De acordo com denúncia da oposição, presidente teria cometido delitos na gestão da hoteleira Hotesur, de que é acionista

21 nov 2014 - 13h53
<p>Presidente argentina, Cristina Kirchner</p>
Presidente argentina, Cristina Kirchner
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

Um juiz argentino ordenou nesta quinta-feira uma investigação sobre a empresa Hotesur, que administra o hotel Alto Calafate, após uma denúncia contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por abuso de autoridade e irregularidades na gestão da sociedade hoteleira.

A pedido do juiz Claudio Bonadio, a sede da Hotesur no centro de Buenos Aires foi alvo de uma averiguação por parte das autoridades. Além disso, informação sobre a empresa foi requerida ao Fisco argentino.

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Através de um comunicado, a Administração Federal de Receita Pública informou que "está fazendo a entrega de toda a informação requerida" pelo juizado de Bonadío.

A denúncia, feita pela deputada opositora Margarita Stolbizer, pede que a Justiça investigue se Cristina e outros membros do governo, como o ministro da Justiça, Julio Alak, cometeram delitos de violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade na gestão da empresa Hotesur, da qual a presidente é acionista.

Hotel Alto Calafate, controlado pela Hotesur, poderia ainda ser alojamento "fantasma" de Cristina e Néstor para negócios irregulares
Foto: NA: hotelaltocalafate.com.ar

Na denúncia, Stolbizer alegou que o Hotel Alto Calafate, controlado pela Hotesur, poderia ser um alojamento "fantasma" usado então por Cristina e seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, para fazer negócios irregulares junto com o empresário Lázaro Baez, investigado pela Justiça.

Além disso, a querelante afirmou que a declaração juramentada realizada pela presidente sobre seu patrimônio não menciona a porcentagem da sociedade que lhe pertence, embora sua participação esteja avaliada em 9,4 milhões de pesos (cerca de R$ 2,5 milhões).

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Stolbizer ressaltou que Cristina reconhece também uma dívida com a sociedade "sem que se esclareçam conceitos ou razões de dito endividamento".

A deputada opositora acrescentou que a companhia deve ainda a entrega de seus balanços desde 2011 e uma apresentação perante a Inspeção Geral da Justiça (IGJ), encarregada de fiscalizar as sociedades comerciais.

Além disso, apontou que "não se conhecem os ativos, os passivos, a conformação societária atual nem quem integra o diretório na atualidade" já que também não consta a inscrição de suas autoridades.

A deputada lembrou que o estatuto da empresa determina que a cada três anos se renove o diretório, mas a Hotesur "nunca notificou mudanças" depois da morte do ex-presidente Néstor Kirchner.

  
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