Ex-premiê é absolvido em julgamento de apelação no Egito

Hisham Qandil foi preso no final do ano quando tentava viajar ilegalmente ao Sudão e condenado por não aplicar uma sentença que anulava a privatização de uma empresa estatal

13 jul 2014 - 13h03
<p>O então primeiro-ministro, Hisham Qandil, participa de uma coletiva de imprensa junto de autoridades do Catar, em Doha, em 10 de abril</p>
O então primeiro-ministro, Hisham Qandil, participa de uma coletiva de imprensa junto de autoridades do Catar, em Doha, em 10 de abril
Foto: STR / AFP

A Corte de Cassação egípcia anulou neste domingo a condenação a um ano de prisão de Hisham Qandil, ex-primeiro-ministro do presidente islamita destituído Mohamed Mursi, informou seu advogado à AFP.

Qandil, considerado um moderado, atuou como um mediador entre os militares e a Irmandade Muçulmana, grupo ao qual pertencia Mursi, depois da destituição deste último em julho de 2013.

Publicidade

Qandil foi condenado em setembro a um ano de prisão por não ter aplicado uma sentença que anulava a privatização de uma empresa pública.

A detenção aconteceu apenas em dezembro, quando ele tentava viajar ilegalmente ao Sudão, segundo o ministério do Interior.

O advogado Mohamed Selim al Awa afirmou que a decisão da Corte de Cassação é "uma sentença definitiva, que anula a condenação precedente".

"Não serão feitas outras denúncias e Qandil ficará em liberdade após certos trâmites", completou.

Publicidade

Mais de 1.400 partidários de Mursi morreram e 15.000 foram detidos desde a destituição do presidente islamita. Os tribunais pronunciaram centenas de sentenças de pena de morte, em processos rápidos que foram criticados pela comunidade internacional.

Mursi está detido e pode ser condenado à pena de morte.

Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações