Egito: ONGs dizem que Irmandade Muçulmana quer "Estado policial"

31 mai 2013 - 10h25
(atualizado às 10h28)

Organizações não-governamentais egípcias denunciaram nesta sexta-feira um projeto de lei apresentado recentemente no Senado para regularizar as organizações civis, e acusaram a Irmandade Muçulmana, partido do presidente Mohamed Mursi, de assentar as bases para "um novo Estado policial".

Quarenta ONGs declararam em um comunicado comum sua "rejeição categórica a este projeto de lei, já que mostra um alto grau de hostilidade em relação à liberdade de associação, assim como uma tendência a impor um controle mais forte sobre a sociedade civil".

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Esta lei "mostra o desejo da Irmandade Muçulmana de consolidar um controle administrativo total sobre todos os aspectos da ação civil", afirmam estas organizações.

Segundo elas, o projeto de lei "tem por objetivo submeter as entidades civis sob a rígida supervisão do Executivo" e dar ao aparato de segurança o direito de "reprimir gradualmente o trabalho dos organismos de direitos humanos mediante o bloqueio de suas fontes de financiamento".

Mursi, por sua vez, afirmou que o Estado não busca "dominar as organizações civis", mas apenas "apoiar o papel destas organizações e eliminar as barreiras administrativas".

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