Egito condena 7 homens à prisão perpétua por ataques sexuais

16 jul 2014 - 13h11
Sete egípcios foram condenados à prisão perpétua por crimes sexuais durante protestos no Cairo
Sete egípcios foram condenados à prisão perpétua por crimes sexuais durante protestos no Cairo
Foto: Aly Hazzaa, El Shorouk / AP

Um tribunal egípcio condenou sete homens à prisão perpétua nesta quarta-feira, em dois casos separados de ataques sexuais e assédio a mulheres durante manifestações e celebrações na Praça Tahrir, no Cairo.

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As penas foram as maiores desde que o presidente Abdel Fattah al-Sisi prometeu em junho reprimir os ataques sexuais e o governo criminalizou o assédio sexual, em meio a críticas generalizadas de ativistas e advogados à ação das autoridades para conter os abusos.

Cinco homens foram condenados à prisão perpétua por atacar e assediar mulheres durante os festejos da posse de Al-Sisi em junho.

Um outro réu, de 16 anos, pegou 20 anos de prisão, e um de 19 anos, duas penas de 20 anos, embora não tenha ficado claro de imediato se ele cumpriria a dupla sentença ao mesmo tempo. Todos os sete foram condenados por assédio sexual com base em uma nova lei e por tentativa de estupro, tentativa de assassinato e tortura.

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Um dos cinco homens, bem como outros dois também condenados à prisão perpétua, também foram sentenciados em um caso separado, por atacarem uma mulher que participava da celebração do aniversário da derrubada do presidente Hosni Mubarak em 2011.

Uma das vítimas chorou na sala do tribunal depois de ouvir os veredictos.

Os réus nos dois casos, com idades entre 16 e 49 anos, permaneceram numa cela na corte e gritaram "injustiça" depois da leitura dos veredictos. Seus parentes atacaram jornalistas.

Sisi ordenou ao ministro do Interior que combata o assédio sexual após a prisão de sete homens por atacarem mulheres perto de Praça Tahrir, no Cairo, durante suas celebrações de sua posse. Os ataques aconteceram quando milhares de pessoas se reuniam nas ruas, levantando novas preocupações sobre o compromisso do Egito em combater a violência sexual.

Um vídeo postado no YouTube mostra uma mulher nua, com ferimentos no quadril, sendo arrastada em meio a uma multidão em direção a uma ambulância. O episódio causou revolta e levou mais vítimas a denunciar os abusos.

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