Um homem de 71 anos, morador de Jari, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi vítima de um golpe de estelionato que explorava um falso relacionamento virtual. Entre 2022 e 2023, ele transferiu mais de R$ 2 milhões para criminosos que se passavam por uma investidora americana, prometendo visitá-lo no Brasil.
Segundo a Polícia Civil, a vítima foi enganada por um perfil falso nas redes sociais, usado para aplicar o chamado "golpe do amor". A quadrilha alegava que enviaria presentes de luxo, como joias, mas exigia depósitos para cobrir custos de impostos sobre encomendas internacionais e taxas alfandegárias.
Como a quadrilha foi descoberta?
Após perceber que havia sido enganado, o idoso procurou a polícia, dando início à "Operação Dom Quixote", que identificou 13 suspeitos envolvidos no esquema. Nesta quarta-feira (27), seis pessoas foram presas em cidades da Grande São Paulo, como Santo André, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e Osasco. A operação contou com apoio de agentes de São Paulo e do Ceará.
Além das prisões, foram apreendidos documentos, celulares, notebooks e cartões bancários, e bens dos criminosos tiveram o bloqueio judicial. A polícia segue investigando outros sete possíveis integrantes do grupo, que estão foragidos.
O caso foi registrado como estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Participaram da operação 43 policiais de três estados: 25 do Rio Grande do Sul, 14 de São Paulo e quatro do Ceará.
A Polícia Civil trabalha para rastrear o dinheiro desviado e desarticular completamente a organização criminosa, que operava de forma estruturada e com atuação em diversos estados.
Como o perfil emocional das vítimas favorece o golpe do amor?
Estudos sobre fraudes digitais indicam que golpes como o "golpe do amor" tendem a atingir principalmente pessoas mais velhas e emocionalmente vulneráveis. Criminosos exploram sentimentos de solidão e confiança para manipular as vítimas, usando narrativas detalhadas e perfis fictícios que parecem autênticos. Essa estratégia aumenta a eficácia da abordagem, tornando essas fraudes cada vez mais comuns.
/ ANTIFRAUDE /
Os golpistas estão sempre por perto, mesmo que você não veja. Um dos exemplos é o Golpe da Mão Fantasma, que pode chegar através do telefone, do celular ou do e-mail.
Funciona assim: o golpista diz que é do banco e inventa umas mentiras como: seu cartão foi… pic.twitter.com/xAKr9dzGt6
— FEBRABAN (@FEBRABAN) November 26, 2024
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